Daiane dos Santos chora ao falar de tragédia no RS: Como vamos reconstruir?
Na linha de frente no abrigo montado no clube Grêmio Náutico União, a ex-ginasta Daiane dos Santos se emocionou ao falar sobre a tragédia que assolou o Rio Grande do Sul durante participação no programa "É de Casa", da TV Globo.
O que aconteceu
A primeira campeã mundial da ginástica artística brasileira nasceu em Porto Alegre e não pensou duas vezes ao decidir se deslocar ao estado natal e ao clube formador para ajudar as pessoas desabrigadas por causa das enchentes.
Daiane exaltou a preocupação com a reconstrução do Rio Grande do Sul e clamou pela continuidade do apoio brasileiro.
Eu tive familiares atingidos, mas graças a Deus todos bem e com saúde. Nesse momento, a gente precisa de toda a ajuda possível não só agora, mas durante muito tempo. Estou preocupada com o que vai ser daqui para frente, meu medo é daqui um mês quando a água baixar. Como a gente vai reconstruir?
Temos 450 municípios impactados diretamente, muitos deles devastados, 660 mil pessoas fora de suas casas e que perderam tudo. Não vamos conseguir reerguer o RS sem ajuda dos brasileiros. A gente precisa de toda a ajuda. O momento mais difícil ainda vai chegar. A gente tem visto a corrente de empatia, continuem a ajudar, todos precisam muito dessa ajuda.
Daiane dos Santos.
A ex-ginasta que marcou a história do esporte brasileiro detalhou o que viveu durante o período em que ficou no Grêmio Náutico União, que se tornou abrigo das famílias que perderam tudo.
Estando ali e ouvindo de cada pessoa, a gente começou a entender a magnitude da necessidade de cada um. Desde o pequenininho que precisava de chupeta até pessoas que precisavam de roupas e sapatos extra-grandes... Roupas íntimas. São tantos detalhes e tudo impressiona. É um clamor que parece repetitivo, mas não é em vão. É importante as pessoas entenderem que daqui um, dois meses, o povo gaúcho ainda vai estar precisando dessas coisas.
Precisamos desse apoio, desse cuidado com o povo gaúcho, com as crianças, os bebês, os idosos, os pets. É muito triste o que todos estão vivendo e só tenho a agradecer o Brasil e os voluntários por ajudarem.
A força do esporte brasileiro também foi destaca por Daiane dos Santos. Muitos atletas se voluntariam para ajudar em resgates, doações e abrigos durante os últimos dias.
Voltar ao União, uma casa que foi minha segunda casa durante todo esse tempo, e poder ajudar outras pessoas, é muito bom. É bom a gente poder honrar a bandeira do Brasil de uma forma tão linda. O esporte tem essa bandeira muito forte e se faz presente. A gente viu muitos atletas se voluntariando para ajudar.
Voltar nessa casa que me transformou em campeã do mundo para me tornar uma colaboradora oficial durante essa tragédia é muito gratificante. É muito bom ver como o clube pode ajudar tantas pessoas.
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