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CPI da Manipulação de Apostas Esportivas convida Raphael Claus para depoimento

24/04/2024 20h05

A CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas aprovou, em reunião na tarde desta quarta-feira, convites ao árbitro Raphael Claus e aos presidentes do Tombense, Lane Gaviolle, e do Londrina, Getúlio Marques Castilho. Eles foram convidados para prestarem esclarecimentos aos senadores, entre eles Jorge Kajuru (PSB-GO), presidente da comissão parlamentar do inquérito e autor dos dois requerimentos.

Vários árbitros foram convidados e serão ouvidos pela CPI, sendo um deles Raphael Claus, um dos principais juízes do futebol brasileiro. Kajuru deseja que Claus fale à CPI em reunião secreta, mesmo caso do ex-árbitro Glauber do Amaral Cunha, também convidado.

O senador Carlos Portinho (PL-RJ), responsável pela convocação de Glauber, o convidou para explicar um suposto áudio em que o ex-árbitro cobra recebimento de propina por uma partida manipulada.


Segundo Carlos Portinho, a imprensa teria noticiado que o áudio de Glauber teria sido, na verdade, de Raphael Claus. No entanto, o senador desmentiu a informação, enaltecendo Claus e afirmando que ainda não há áudios de jogos da Série A do Campeonato Brasileiro, apitados pelo árbitro paulista.

"Vamos deixar o sensacionalismo de lado. Vamos ter responsabilidade. É uma grande injustiça com um dos maiores árbitros do Brasil. Claus merece todo o respeito", disse o senador, em nota divulgada pela Agência Senado.

Os presidentes de Tombense e Londrina foram convidados para darem depoimentos em relação à partida entre as equipes, disputada no dia 19 de maio de 2023, que está sendo investigada pelo STJD. Kajuru afirma que evidências podem comprovar manipulação de resultado neste jogo, que contou com alto número de cartões amarelos e vermelhos.

Em outro requerimento, Portinho solicitou a realização de uma audiência pública direcionada às entidades do esporte brasileiro, para um debate sobre como o combate à manipulação de resultados está sendo organizado. Representantes de CBF (Confederação Brasileira de Futebol), CBV (Confederação Brasileira de Voleibol) e NBB (Novo Basquete Brasil), por exemplo, foram convidados.

Em relação ao relatório de John Textor, dono do Botafogo, Kajuru afirmou que os documentos apresentados pelo norte-americano serão analisados a partir desta quarta-feira.

"Por enquanto, temos indícios. Mas indícios podem virar provas", disse Kajuru.

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