Topo
Esporte

Botafogo, SPFC e Ferroviária aderem a protestos contra assédio e violência

Jogadoras do São Paulo se manifestam contra assédio em jogo do Campeonato Brasileiro - Reprodução Twitter/@SaoPauloFC_Fem
Jogadoras do São Paulo se manifestam contra assédio em jogo do Campeonato Brasileiro Imagem: Reprodução Twitter/@SaoPauloFC_Fem
do UOL

Colaboração para o UOL, em São Paulo

14/04/2024 16h49

A 5ª rodada do Campeonato Brasileiro feminino ficou marcada por protestos contra assédio e violência contra a mulher. Os times que entraram em campo hoje (14) também aderiram à campanha.

O que aconteceu

As manifestações no futebol feminino começaram na sexta (14) em resposta à volta de Kleiton Lima ao comando técnico do Santos. O treinador recebeu 19 denúncias de assédio e foi afastado do cargo, mas foi readmitido para o Brasileirão.

As jogadoras do Botafogo tamparam a boca antes do início do jogo. O São Paulo posou para a foto oficial cobrindo a boca e mostrando o número 19 de uma camisa.

A Ferroviária fez uma publicação em defesa das mulheres no futebol. Na legenda, o clube usou #QuebreOSilêncio, hashtag utilizada pelas jogadoras na atual campanha contra o assédio.

No ano passado, o UOL teve acesso a 10 cartas anônimas com 19 acusações de assédio moral e sexual contra Kleiton Lima.

O técnico negou as denúncias. Thais Picarte, gestora do futebol feminino do Santos, e Alexandre Gallo, coordenador do clube, afirmaram que o caso foi apurado.

Mais manifestações

No jogo realizado entre Santos e Corinthians na Vila Belmiro, as corintianas protestaram colocando mãos na boca e nos ouvidos durante o hino nacional. Na mesma noite, as atletas de Palmeiras e Avaí/Kindermann tamparam a boca na foto oficial do jogo, com as camisas 19 exibindo os números nas costas.

No sábado, Cruzeiro, América e Atlético Mineiro participaram com mais ações. O Cruzeiro incluiu um patch com o número 180 no uniforme, que será utilizado por toda a temporada. Jogadoras americanas e atleticanas usaram tatuagens provisórias com a frase "sou dona de mim" nas mãos.

Byanca Brasil, das Cabulosas, desenhou 180 com tranças no cabelo para o jogo. O número é o canal de atendimento à mulher contra a violência.

Esporte