Justiça retira Ednaldo do cargo de presidente da CBF e escolhe interventor
Nesta quinta-feira, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) retirou Ednaldo Rodrigues do cargo de presidente da CBF. A decisão também contém a necessidade de um interventor, com o posto máximo do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), José Perdiz, sendo o escolhido.
A decisão foi unânime, com três votos a zero pela destituição de Ednaldo. Uma nova eleição ocorrerá em 30 dias, com a possibilidade ainda dele recorrer.
O que foi julgado foi a legalidade de um Termo de Ajustamento e Conduta (TAC) entre CBF e Ministério Público do Rio de Janeiro, em março de 2022, que resultou na eleição de Ednaldo para presidente da CBF.
O processo teve início em 2017, quando o Ministério Público do Rio de Janeiro questionou na justiça uma Assembleia Geral da CBF responsável por mudar as regras da eleição sem a presença dos clubes. Sob essas condições, Rogério Caboclo foi eleito para comandar a instituição por três anos.
Porém, em julho de 2021, Caboclo foi afastado por denúncias de assédio, com a eleição dele e seus vices sendo anuladas pela Justiça do Rio de Janeiro. Na época, os interventores nomeados foram Reinaldo Carneiro Bastos e Landim, respectivamente, presidentes da Federação Paulista de Futebol (FPF) e do Flamengo.
Ednaldo, em agosto daquele ano, foi escolhido como interino para o cargo até o final do mandato de Caboclo, que terminava em abril de 2023. Em março de 2022, ele assinou o acordo mencionado anteriormente que deveria extinguir a ação que acabou na intervenção da CBF.
Com essas novas condições, Ednaldo venceu o pleito para um mandato de quatro anos. No entanto, alguns vice-presidente questionaram na época, com a alegação de que ele não poderia fazer o acordo na condição de interino e podendo se beneficiar futuramente. Além disso, os reclamantes dizem que com o TAC perderam um ano de mandato.