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Google muda IA após respostas 'estranhas', como ideia de pôr cola na pizza

Google quer levar IA de ponta a países emergentes; entenda - Reprodução
Google quer levar IA de ponta a países emergentes; entenda Imagem: Reprodução
do UOL

De Tilt, em São Paulo

31/05/2024 17h08

O Google anunciou mudanças no recurso de busca por IA (inteligência artificial) após prints virais mostrarem respostas sem sentido, como quantas pedras comer por dia e sugerir o uso de cola para grudar melhor o queijo na pizza.

Esse recurso de IA funciona gerando resumos para perguntas com base nos conteúdos disponíveis online. Segundo Liz Reid, chefe de pesquisa do Google em postagem no blog da empresa, respostas "estranhas e errôneas" ocorrem devido a lacunas na tecnologia, que passou por alterações.

De acordo com ela, a empresa identificou que sugestões sem sentido aconteceram pela falta de conteúdo qualificado sobre alguns temas (o que classificou como "vazio de dados"). Essa carência fez com que a IA se baseasse em qualquer fonte, inclusive, em fóruns online -nos quais qualquer pessoa opina, sem checagem das informações.

"Isso significa que as visões gerais de IA geralmente não 'alucinam' ou inventam coisas da mesma forma que outros produtos fariam", pontuou Reid.

A tecnologia também apresentou dificuldade em interpretar ironias -por isso, teria respondido à sugestão de comer pedra com base em um link publicado em um site satírico.

No entanto, Reid alegou que muitos prints virais são falsos. Nas redes sociais, pessoas compartilharam resultados perigosos sobre depressão e fumar durante a gravidez.

Visões gerais de IA estranhas, imprecisas ou inúteis certamente apareceram. E embora geralmente fossem para consultas que as pessoas normalmente não fazem, destacaram algumas áreas específicas que precisávamos melhorar. Liz Reid, chefe de pesquisa do Google, em postagem no blog da empresa

O que vai mudar?

O Google agradeceu os apontamentos críticos. "Mantemos um alto padrão, assim como nossos usuários, por isso esperamos e apreciamos o feedback e o levamos a sério", diz. "Não há nada como ter milhões de pessoas usando o recurso com muitas pesquisas novas."

No comunicado, a empresa afirma ter feito "mais de uma dúzia de melhorias técnicas", mas não explica todas. Apenas divulgou informações sobre:

  • Aprimorar a ferramenta para detectar conteúdos sem sentido;
  • Limitar o uso de conteúdos satíricos e de humor como fonte das respostas, assim como os dados em fóruns online;
  • Maior rigor em temas "sensíveis", como notícias e saúde.

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