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Por que Musk pode tuitar livremente sobre o que quiser, menos sobre a Tesla

do UOL

Ruam Oliveira

Colaboração para Tilt, de São Paulo

30/05/2024 04h05

A imagem que o bilionário Elon Musk tenta transmitir é de alguém que faz o que dá na telha e publica nas redes sociais o que deseja. Mas não é bem assim.

Quando o assunto é a Tesla, empresa de carros autônomos e elétricos que pertence a ele, o empresário conta com uma "babá de Twitter". Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversaram sobre a ideia no quadro "Arrasta para cima" do Deu Tilt, podcast do UOL para humanos por trás das máquinas.

Achei a situação super curiosa, mas necessária porque o Elon Musk é muito bravateiro e ele joga com isso, principalmente para manipular o mercado
Diogo Cortiz

Diogo 'deu like' na ideia. A nebulosa figura de uma "babá" para os tuítes de Musk sobre a Tesla nasceu em 2018. Na época, ele postou no Twitter (atual X) que fecharia o capital da empresa. A confusão no mercado financeiro estava formada, visto que ele não tinha dinheiro para pagar pelas ações, além de não ser dessa forma que se comunica uma decisão dessas a investidores.

Aplicaram uma multa de US$ 40 milhões nele, tiraram ele da presidência da Tesla e ainda criaram a figura da babá, um advogado que precisa analisar todos os tweets que vai publicar sobre a empresa
Helton Simões Gomes

A situação voltou à tona após Musk pedir à Suprema Corte dos EUA para acabar com a supervisão. O tribunal não avaliou o requerimento e o direcionou a instâncias inferiores. Como a história surgiu dias depois de o bilionário disparar críticas e acusações contra ministros do STF (Superior Tribunal Federal), os apresentadores brincaram com a coincidência.

Outra coisa que me faz pensar é que rolou um corporativismo entre as supremas cortes. Nos meus sonhos mais delirantes, isso foi uma resposta ao que ele vem falando sobre o Alexandre de Moraes [ministro do STF], que comparou o cara ao Dart Vader. Os togados de lá olharam para os togados de cá e foram simpáticos à causa
Helton Simões Gomes

Tiktok banido nos EUA: é o fim dos tiktokers?

As dancinhas e trends estão sob ameaça nos Estados Unidos. O presidente norte-americano Joe Biden sancionou em abril uma lei que bane o TikTok do país caso sua dona, a empresa chinesa ByteDance, não deixe de controlar a operação em até nove meses.

Por trás do veto ao app, está o temor da classe política norte-americana de que os dados pessoais sejam usados pelo governo chinês e acusações de espionagem. Os motivos que levaram à decisão -e suas contradições- foram discutidos em resposta à questão feita pelo jornalista e apresentador do UOL News, Diego Sarza.

Sabe que tipo de dados a ByteDance pede aos usuários? Lista de contatos, localização, endereço de IP, dado biométrico… e sabe quem também pede isso? O Facebook
Helton Simões Gomes

"Outra coisa que eles alegam é a manipulação: vai que a China muda o algoritmo para entregar somente determinados tipos de conteúdos para os americanos", ironiza Diogo Cortiz.

Os planos de Lula para inteligência artificial no Brasil

No começo do ano, especialistas trabalhavam em uma nova versão do texto publicado inicialmente em julho de 2021 da Ebia (Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial), quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou uma missão: criar um plano nacional de IA para impulsionar no Brasil a tecnologia que tem movimentado o mundo.

O processo para a construção do plano tem um cronograma apertado e ocorre em meio a outras discussões sobre IA, como a já citada Ebia e o projeto de lei que corre no Congresso Nacional para regulamentar a tecnologia. E essa pressa tem um motivo.

Lula quer fazer do plano brasileiro para IA uma plataforma internacional. A ideia do governo é apresentá-lo na Assembléia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) em setembro e na cúpula do G20, que acontece em novembro deste ano no Rio de Janeiro.

Deu Tilt

Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre as tecnologias que movimentam os humanos por trás das máquinas. O programa é publicado às terças-feiras no YouTube do UOL e nas plataformas de áudio. Assista ao episódio da semana completo.

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