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Ney Matogrosso: 'Cheguei a transar com 15 pessoas ao mesmo tempo'

Ney Matogrosso - Leo Aversa/Divulgação
Ney Matogrosso Imagem: Leo Aversa/Divulgação
do UOL

De Splash, em São Paulo

25/05/2024 07h47Atualizada em 25/05/2024 08h13

Ney Matogrosso, 82, falou sobre a vida sexual, o preconceito com a Aids e se pensa em aposentadoria.

Entrevista à Veja:

Sexualidade vivida "plenamente": "Cheguei a transar com quinze pessoas ao mesmo tempo. Virava uma confusão, uma enorme brincadeira. Houve ainda uma época em que olhava para a plateia e desenvolvia uma relação quase sexual com ela. Tinha vontade de transar com toda aquela gente. Claro que isso não se concretizava. Fora dali, eu era fácil, fácil. Se alguém se aproximasse com vontade e eu me sentisse atraído, não perguntava nem o nome".

Namoro e término com Cazuza: "Fui completamente apaixonado, mas era difícil conviver com os dois Cazuzas que havia nele. No lado público, se mostrava agressivo, louco, bêbado e cheirava muito pó. Já na intimidade, era o oposto. Foi uma das pessoas mais encantadoras que conheci".

A relação durou três intensos meses. Uma vez, ele sumiu por quatro dias e apareceu na minha casa sujo, fedendo, com um traficante a tiracolo. Discutimos, e Cazuza cuspiu em mim. Aí dei um tapa na cara dele e o mandei ir embora. Seguimos amigos, nos amando, mas sem sexo.

Morte de Marco, outro namorado, vítima de Aids. "Eles [Marco e Cazuza] receberam o diagnóstico na mesma época. Cazuza morreu e, dois dias depois, foi a vez do Marco, em 1990".

Preconceito com Aids: "Era um período diferente de hoje. As pessoas tinham medo até de encostar em alguém com Aids. Em uma ocasião, fui levar o Marco, detonado, ao médico, e não queriam que entrássemos no elevador. Cazuza morava perto de mim. Ia visitá-lo e massageava seus pés quando já não conseguia se levantar".

Além do Cazuza e do Marco, treze amigos, alguns que eu havia namorado, se foram num período curto.

Nude vazado em 2021: "Estava flertando com alguém, que me mandava fotos e eu enviava de volta. Percebi quase imediatamente que tinha postado errado, e logo começaram a me ligar. Sei que nunca mais vai sair da internet, mas não fico constrangido. Espero que façam bom uso".

Vida sexual segue "essencial": "Sempre teve e segue assim. Lá pelos 30, 40 anos, cheguei a ficar viciado em sexo. Tinha que transar todo dia para conseguir dormir. Hoje, vivo um relacionamento com uma pessoa de fora do Rio e consigo me guardar para ela".

Aposentadoria: "Só quando eu for impedido de trabalhar. A felicidade, para mim, está no palco".

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