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Após fugir a pé, cineasta condenado a chibatadas exibe filme em Cannes

Iranian actress Baran Rasoulof holds a phone displaying Iranian director Mohammad Rasoulof who was awarded the "Golden Bear for Best Film" attends a press conference after the awarding ceremony of the 70th Berlinale film festival in Berlin on February 29, 2020. (Photo by John MACDOUGALL / AFP) - JOHN MACDOUGALL/AFP
Iranian actress Baran Rasoulof holds a phone displaying Iranian director Mohammad Rasoulof who was awarded the "Golden Bear for Best Film" attends a press conference after the awarding ceremony of the 70th Berlinale film festival in Berlin on February 29, 2020. (Photo by John MACDOUGALL / AFP) Imagem: JOHN MACDOUGALL/AFP
do UOL

Colaboração para Splash, no Rio de Janeiro

24/05/2024 14h17

O cineasta iraniano Mohammad Rasoulof, que fugiu a pé após ser condenado a chibatadas, exibe o seu filme no Festival de Cannes.

O que aconteceu

No festival de cinema, Mohammad apresenta a produção "The seed of the sacred fig", que compete à Palma de Ouro. A divulgação no evento ocorre nesta sexta-feira (24).

Trama do filme. O filma conta a história de um juiz iraniano que fica paranoico e desconfia da própria esposa e filhas durante os protestos em Teerã. As gravações ocorreram em segredo, para preservar a identidade dos atores.

Mohammad fugiu do Irã após ser condenado a cinco anos de prisão e a receber chibatadas por outro filme. A obra do diretor gira em torno da sua visão sobre o regime no país.

Na semana passada, ele contou que fugiu do Irã de forma clandestina e a pé. O cineasta declarou que foi uma viagem marcada por perigos e exaustão.

Todos os iranianos que tiveram que partir devido a este regime totalitário têm sempre uma mala perto de si na esperança de que as coisas melhorem e possam retornar. Mohammad Rasoulof, em entrevista ao programa C Ce soir, em Cannes.

O diretor marca presença pela segunda vez no festival. Em 2017, ele venceu a mostra Un Certain Regard por "Lerd", um filme sobre corrupção. Em 2020, ele não foi autorizado a sair do Irã para receber o Urso de Ouro em Berlim por "Não Há Mal Algum", que retrata a pena de morte.

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