Ensaio clínico de vacina contra HIV na África é interrompido após dados decepcionantes
KAMPALA (Reuters) - Um estudo de uma vacina experimental contra o HIV em Uganda, Tanzânia e África do Sul foi interrompido precocemente após dados preliminares sugerirem que o imunizante não seria eficaz na prevenção da infecção, disse o pesquisador responsável pelo ensaio.
A notícia é o mais recente revés nos esforços para encontrar uma vacina eficaz contra um vírus que até agora ceifou cerca de 40 milhões de vidas em todo o mundo. Outras 39 milhões de pessoas vivem com o HIV, a maioria delas na África.
Parte de uma iniciativa mais ampla chamada PrEPVacc, o estudo da vacina teve início em dezembro de 2020 com a inscrição de 1.512 adultos saudáveis com idades entre 18 e 40 anos e deveria terminar em 2024.
Pontiano Kaleebu, pesquisador-chefe do programa, disse à Reuters nesta quinta-feira que o comitê independente de monitoramento de dados e segurança do programa "sugeriu que, mesmo que continuemos, não seremos capazes de mostrar que a vacina pode ser eficaz".
Embora existam medicamentos que possam reduzir o risco de contrair o HIV e tratamentos que possam controlar o vírus e impedir que as pessoas desenvolvam a Aids -- condição de imunodeficiência mortal resultante do HIV não tratado --, especialistas dizem que uma vacina contra o vírus seria uma ferramenta importante para acabar com a Aids como uma ameaça à saúde pública.
Liderado por cientistas africanos com o apoio de várias instituições europeias como o Imperial College de Londres, o ensaio testou duas combinações diferentes de vacinas experimentais contra o HIV.
Um comunicado divulgado na quarta-feira pelo programa de testes de vacinas disse que o estudo fracassado, o único teste ativo de eficácia de vacina contra o HIV remanescente no mundo, ressaltou o "quão desafiador é desenvolver uma vacina eficaz contra o HIV".
(Reportagem de Elias Biryabarema e Jennifer Rigby)
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