Saco de xixi e chulé: as coisas mais nojentas que comissária já viu
Comissários de bordo frequentemente veem — e auxiliam — as mais curiosas situações passadas por passageiros, já que aviões são ambientes fechados e, para alguns viajantes temerosos, de alto estresse. No entanto, há 'causos' que perturbam o estômago do mais experiente dos tripulantes.
Na edição em inglês de seu livro "Diary of a Flight Attendant" ('Diário de uma Comissária de Bordo', em tradução livre), a comissária tcheca Marika Mikusova revelou algumas histórias nojentas que ela passou no ar, cruzando por 65 países em cinco anos de trabalho.
Confira algumas delas:
Chulé poderoso
No texto a que o jornal britânico Daily Mail teve acesso, Marika conta que é difícil voos não contarem com pelo menos alguma dose de chulé. Mas uma ocasião supera as outras: ela relembra um voo em que o viajante tirou o sapato e esticou as pernas no corredor. "Os dedos dos pés dele apareceram na copa através da cortina". O resultado? Fedor de "queijo rançoso", garante. Uma colega de Marika ficou tão desesperada que passou seu perfume no carpete para se livrar do odor.
O curioso caso do saco de xixi
Em outra ocasião, um trio de passageiros turcos levantou suspeitas da tripulação graças ao cheiro que emanava de seus assentos — eles chegaram a pensar que eles haviam roubado algum perfume (duvidoso, diga-se de passagem) do carrinho do free shop. Mas no fim do voo eles descobriram que eles deixaram uma bolsa de urina no chão.
Surpresa!
Neste caso, a culpa não foi inteiramente do passageiro. Marika relata que se os membros da equipe que higieniza a aeronave entre voos estão com pressa, eles podem apenas 'cobrir' um assento molhado com urina ou sangue com um cobertor.
"Aí o passageiro que deverá se sentar na cadeira repara. É uma recepção daquelas. Mas não é sempre culpa do funcionário da limpeza. É do supervisor — aquele encarregado de todo o time que está 'batendo o chicote imaginário' neles. Porque nunca há tempo para a limpeza perfeita", alerta.
Banho de gato no ar?
Segundo Marika, viajantes indianos costumam usar as toalhas quentes para limpar as solas dos pés. No entanto, um passageiro levou a limpeza express a outro nível — quando ela chegou para recolher as toalhas usadas, ele a interrompeu, passou a toalha cuidadosamente nas axilas para se livrar do suor e entregou a ela segurando-a apenas com dois dedos.
"Ele estava claramente com nojo de si mesmo", relembrou. Mas ela não perdeu o jogo de cintura diante do 'presente'. "Eu hesitei por um momento, mas peguei a toalha com uma pinça e joguei no saco plástico".
Souvenir de vingança
E por falar nas lembrancinhas deixadas por passageiros à tripulação após um voo, há outras ainda menos cheirosas. Marika conta que viu uma passageira, certa vez, trocar a fralda do seu bebê no assento em que estava, pouco antes de os comissários servirem alimentos aos viajantes.
"Eu tentei orientá-la que poderia não ser agradável para outros passageiros, especialmente porque estávamos começando a entregar as refeições. A mulher só sorriu e disse: 'Tudo bem, já acabei mesmo'. Mas no fim do voo eu encontrei fraldas usadas embaixo do assento dela".
Segundo Marika, infelizmente esta não foi a única vez que isso aconteceu, e pais frequentemente deixam fraldas sujas de seus filhos nos bolsos dos assentos.
Cuidado onde toca!
Depois de um voo, Marika viu um dos profissionais da limpeza passando um pano na superfície da copa "com o mesmo pano que ele havia acabado de usar no chão do banheiro". "Já vi isso tantas vezes que não fiquei nem surpresa". Apesar de você, passageiro, não poder ir lá checar a limpeza das áreas comuns do avião, vale a dica da comissária-influenciadora americana Cici (@cici.inthesky): leve lenços com álcool por onde for — pode ser necessário no seu assento e mesa.