Sterblitch pronto para nova atração: 'Se falarem Globolixo, fazemos um rap'
Eduardo Sterblitch estreia hoje, no Globoplay, "Sterblitch Não Tem um Talk Show: o Talk Show". O nome pitoresco, segundo ele, tem a ver com a popularidade do gênero no Brasil e com o excesso de humoristas apresentando esse formato.
Com 12 episódios, a atração é gravada de forma remota, diretamente da casa de Edu. Ele fará duas lives semanais, que acontecem nos perfis do GShow no Twitter e no Facebook, sempre às segundas e terças, às 22h. Contará com convidados famosos e anônimos, que participarão de entrevistas, games e dinâmicas, além de uma plateia virtual. E Sterblitch garante estar pronto para lidar com imprevistos.
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Acostumado a lidar com saias justas no teatro, Edu lembra que já viu pessoas da plateia que chamou para subirem no palco armadas.
No teatro, a gente aprende a fazer isso. Quando cai um refletor, a gente assume o erro. A plateia prefere. Ali, eu me assumo livre. Se acontecer uma nudez, eu não erotizo o corpo dos outros nem o meu, então, não vejo nenhum problema. Talvez juridicamente para o programa seja.
A ideia, segundo o humorista, é fugir dos assuntos recorrentes da atualidade, mas ele afirma que sabe que isso será inevitável em alguns momentos.
"Vamos respirar e rir juntos, porque não aguento mais ficar discutindo, ficar nervoso, ansioso. Vamos juntar a galera, ver o programa com a família, ver a novela, um filme. Estou propondo alguma coisa para ser feita para a gente iludir o nosso tédio. Não vou ficar utilizando de polêmicas para render."
A proposta do programa é deixar o público conduzir os temas abordados.
Se uma mulher é negra da periferia e ela fez uma coisa foda, falou uma poesia foda, ela vai ser a protagonista do programa, então claro que a gente vai falar sobre isso.
Mas será que veremos um Edu raiz, menos polido e sem censura, como víamos no "Pânico"?
O Edu raiz é o do tablado, que nunca quis fazer televisão na vida. Sempre odiou publicidade, televisão é uma merda, as pessoas que fazem televisão são todas horríveis, artistas de verdade são os de teatro. Eu era esse garoto, tinha esse preconceito e acabou que a televisão aconteceu para mim.
Inspiração em Hebe e Jô Soares
Além de ouvir famosos, entre eles Fátima Bernardes e Fábio Porchat, que já confirmaram participações no programa, Sterblitch quer dar voz a personagens anônimos.
O Jô conversava muito com anônimos, você conhecia pessoas que não necessariamente eram famosas. É uma coisa muito mais em cima da Hebe e do Jô do que dos outros talk shows. Até porque sou muito fã da Tatá [Werneck] e do programa do Porchat, então fico ligado no que eles estão fazendo para não repetir.