Topo

'Ecoaram nossa dor': pai de Juliana Marins agradece apoio de brasileiros

Manoel ao lado da filha Juliana Marins, que morreu após cair em uma trilha na Indonésia - Reprodução/Instagram @manoel.marins.3
Manoel ao lado da filha Juliana Marins, que morreu após cair em uma trilha na Indonésia Imagem: Reprodução/Instagram @manoel.marins.3
do UOL

Do UOL, em São Paulo

05/07/2025 19h18Atualizada em 05/07/2025 19h38

Após o enterro de Juliana Marins, o pai da jovem postou hoje um vídeo agradecendo o apoio dos brasileiros.

O que aconteceu

Manoel Marins publicou um vídeo após sepultamento da filha. "Conseguimos sepultar o corpo da Juliana, nossa filha amada", falou pelo storie do Instagram. O enterro de Juliana ocorreu ontem no cemitério Parque da Colina, em Niterói (RJ).

Queria agradecer a todos que nos ajudaram de alguma forma, a todo povo brasileiro, a todos que ecoaram nossa dor, nossos pedidos, nossas solicitações, assim que soubemos do acidente. E, depois, durante o resgate do corpo da Juliana para trazer ao Brasil. Muito obrigado a todos. Manoel Marins

Brasileira morreu depois de cair em um trilha na Indonésia. Informação sobre morte veio após o quarto dia de tentativa de resgate de Juliana. Socorristas chegaram até o corpo de Juliana e constataram a morte.

Corpo passou por duas autópsias

O corpo de Juliana passou por nova autópsia no Rio e o laudo deve sair em até sete dias. Exame durou pouco mais de duas horas e foi realizado por dois peritos legistas, acompanhados de um perito médico da Polícia Federal e de um assistente técnico representante da família.

Imagem de drone mostra publicitária brasileira Juliana Marins, que caiu em trilha na ilha de Lombok, na Indonésia - Reprodução - Reprodução
Imagem de drone mostra publicitária brasileira Juliana Marins, que caiu em trilha na ilha de Lombok, na Indonésia
Imagem: Reprodução

Família alegou "dúvidas na certidão de óbito" emitida na Indonésia para pedir nova perícia. Eles dizem que não há clareza sobre o momento da morte da jovem, que só foi resgatada quatro dias após a queda.

Juliana sofreu "trauma torácico grave" após cair pela segunda vez na encosta do monte Rinjani, segundo legista indonésio. Membros superiores, inferiores e costas da brasileira foram áreas mais machucadas e ela teve órgãos internos respiratórios comprometidos por fraturas causadas pelo impacto da queda, na análise estrangeira, afirmou Ida Bagus Putu Alit. De acordo com o legista, além de hemorragia interna, brasileira tinha ferimentos na cabeça, fraturas na coluna vertebral, nas coxas e outras escoriações pelo corpo.

Perícia da Indonésia descartou hipotermia como causa da morte. O legista alegou que a falta de sinais clássicos, como necrose nas extremidades do corpo, permite "afirmar com segurança" que a jovem não morreu devido ao frio. A temperatura era próxima de 0 ºC à noite. Juliana usava apenas calça e blusa, sem equipamentos próprios, o que levou muitas pessoas a questionarem se ela sobreviveria às condições climáticas.

Brasileira ficou quatro dias ferida até morrer, segundo autópsia. "De acordo com meus cálculos, a vítima morreu na quarta-feira, 25 de junho, entre 1h e 13h [14h do dia 24 e 2h do dia 25, no horário de Brasília]", disse Ida Bagus Putu Alit, do hospital Bali Mandar, à BBC News.

Juliana morreu entre 50 minutos e 12h50 antes do resgate. O corpo da brasileira foi recuperado depois de sete horas de trabalho de socorristas e voluntários. Ele começou a ser retirado por volta das 13h50 do dia 25 [2h do dia 25, no horário de Brasília], sendo içado em uma maca e levado para uma base do parque.

O corpo de Juliana inicialmente seria cremado, mas dependia de autorização judicial por conta das dúvidas em relação as causas da morte. A Justiça até autorizou a cremação, mas a família já tinha alterado para o sepultamento.