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Família confirma a morte de brasileira que estava presa em vulcão na Indonésia

24/06/2025 11h51

Depois de quatro dias de buscas pela brasileira Juliana Marins, de 26 anos, na área de um vulcão na Indonésia, as equipes de resgate conseguiram chegar até o local onde ela estava. Porém, a jovem não resistiu. Um comunicado publicado nesta terça-feira (24) nas redes sociais por familiares informa sobre a morte da turista, que havia se perdido do grupo e passou vários dias desaparecida. 

"Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu", diz a mensagem publicada no perfil criado no Instagram para acompanhar as buscas. "Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido", continua a mensagem assinada pela família de Juliana. 

Dezenas de mensagens de apoio foram postadas por internautas no perfil  @resgatejulianamarins, criado por pessoas próximas à turista e que reuniu 1,5 milhão de seguidores em quatro dias. Nas mensagens, é possível ler frases que refletem tristeza, já que a operação de resgate mobilizou muitas pessoas através das redes sociais. "Todos estamos de luto pela Juliana, que ela possa descansar em paz", diz uma internauta. "Eu tinha tanta esperança", lamenta outra seguidora do perfil.  

Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, Juliana caiu na cratera do monte Rinjani, um vulcão de mais de 3.700 metros muito popular entre praticantes de trilhas, no sábado (21), durante um passeio. As buscas haviam sido interrompidas na véspera devido ao mau tempo na região, conforme as autoridades locais. 

Assim que a vítima foi localizada, a 650 metros de profundidade, uma equipe de salvamento foi enviada ao local, mas os trabalhos foram prejudicados pelo terreno muito íngreme e pelo tempo nublado, informou Muhammad Hariyadi, chefe do serviço de busca e resgate de Mataram, no oeste da ilha de Lombok, onde fica o vulcão. "Quando a localizamos, usando um drone, ela não estava se movendo", acrescentou.

Ao todo, 50 pessoas foram mobilizadas na operação de resgate. Socorristas equipados com material de alpinismo escalaram a montanha para atingir o local onde a brasileira estava. Eles também usaram drones com câmeras térmicas e um helicóptero para tentar resgatá-la.

Os jornais franceses repercutiram as buscas pela turista brasileira. "Juliana Marins, de 26 anos, está presa nas entranhas do Monte Rinjani há três dias", escreveu Le Parisien. 

A jovem começou a caminhar pelas trilhas do vulcão Rinjani com um guia. Cansada, parou para descansar, ficando para trás do restante do grupo. Segundo o guia, que não a encontrou ao retornar, a brasileira desapareceu por volta das 6h30 de sábado, no horário local.

O pai de Juliana, Manoel Marins, está a caminho de Bali. Conforme informação divulgada pela família nas redes sociais, ele partiu de Lisboa para o país asiático por volta das 8 horas, pelo horário de Brasília. 

Ainda não há informações sobre a recuperação do corpo de Juliana. De acordo com a administração do parque, sete socorristas chegaram perto do ponto onde está localizado o corpo e armaram um acampamento ao cair da noite.