Casa Vozes do Oceano leva preservação marinha à COP30

Durante a COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), a arte ganhará protagonismo com a inauguração da Casa Vozes do Oceano, no histórico Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, em Belém.
Idealizada pela iniciativa Voz dos Oceanos, liderada pelos colunistas de Ecoa da família Schurmann, e com apoio institucional do governo do Pará, o espaço será um polo de arte, ciência e ativismo em defesa do oceano, responsável por mais de 50% do oxigênio do planeta.
Aberta gratuitamente ao público, a casa sediará exposições, instalações e experiências imersivas, como a segunda edição da mostra "Voz dos Oceanos", que ocupa 700 m² com recursos sensoriais e tecnológicos. A curadoria conta com nomes como a artista visual paraense Roberta Carvalho. O espaço também receberá painéis com cientistas, ambientalistas, representantes dos povos originários, estudantes e ONGs, estimulando o diálogo sobre o futuro dos oceanos.
"Queremos que a COP30 seja um marco. Sem o azul, não existe o verde", afirma David Schurmann, CEO da Voz dos Oceanos. Ele destaca que a proposta é transformar a arte em ferramenta de reconexão da sociedade civil com o oceano, integrando ancestralidade, ciência, empreendedorismo regenerativo e inovação.
A programação se estende além das paredes da Casa, com obras ao ar livre feitas com resíduos recolhidos dos mares. Dois veleiros da iniciativa — um deles completando a volta ao mundo — estarão ancorados no píer em frente à Casa e abertos à visitação.
Será lançado um estudo sobre a presença de microplásticos em bivalves coletados na costa brasileira, entre Itajaí (SC) e Belém durante a expedição científica da Voz dos Oceanos em parceria com a Cátedra Unesco de Sustentabilidade Oceânica,
do Instituto Oceanográfico da USP.
Também será apresentada a coleção infantojuvenil Kat e a Voz dos Oceanos, escrita por Heloisa Schurmann, que participará de noite de autógrafos e doações de livros para instituições locais.
Após ser destaque na Conferência da ONU sobre os Oceanos, na França, a Casa já desperta interesse internacional. "Tem países querendo levar o projeto para suas capitais", revela David.