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Família diz que resgate de brasileira que caiu em vulcão foi retomado

Imagem de drone mostra publicitária brasileira Juliana Marins, que caiu em trilha na ilha de Lombok, na Indonésia - Reprodução
Imagem de drone mostra publicitária brasileira Juliana Marins, que caiu em trilha na ilha de Lombok, na Indonésia Imagem: Reprodução
do UOL

Do UOL, em São Paulo

23/06/2025 21h47Atualizada em 24/06/2025 06h52

A família de Juliana Marins, presa em uma área remota após escorregar e cair em uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, disse que o resgate da brasileira foi retomado às 6h de terça-feira (horário local; 20h de segunda-feira no horário de Brasília). A operação de resgate havia sido suspensa hoje, no terceiro dia, em razão do mau tempo.

O que aconteceu

Os familiares publicaram nas redes sociais que uma furadeira foi posicionada. A ferramenta seria utilizada para subir a montanha e ser um "plano B" nas ações de resgate. A informação ainda não foi confirmada pelo Itamaraty.

A família também afirmou que o uso de um helicóptero para o resgate da brasileira é testado. Anteriormente, a administração do parque do Monte Rijani disse que o governo local incentivou o uso do resgate aéreo, principalmente nas primeiras 72 horas após o incidente, mas indicou que era necessário um helicóptero específico, com um guincho que pudesse transportar pessoas e cargas para áreas de difícil acesso.

Além disso, a mudança brusca de tempo pode ser perigosa em um resgate do tipo. É possível ver em vídeos divulgados nas redes sociais que a área onde a brasileira está tem acúmulos de névoa repentinos, que torna a visibilidade do local baixa.

"Todos mandando boas energias para a Juliana [emoji de mãos orando]", publicou a família nesta noite no Instagram. Os familiares também convidaram as pessoas a enviarem uma corrente de boas energias pela Juliana: "Vai ser hoje, Juliana. Falta pouco".

Não há informações sobre o estado de saúde da mulher, que está sem água ou comida desde a sexta-feira. Quando Juliana caiu, ela estava sem agasalho, vestindo somente calça jeans, camiseta, luvas e tênis. A mulher, que tem miopia, também estava sem óculos.

Imóvel e a 500 metros de profundidade

Jovem foi novamente localizada "imóvel" e a 500 metros de profundidade. A informação foi dada pela equipe que administra o parque do Monte Rijani em publicação nas redes sociais.

Equipes conseguiram descer 250 metros até ela, mas ainda estão longe de alcançá-la. Segundo a família de Juliana, eles estavam a 350 metros de distância da brasileira quando condições climáticas interromperam o resgate às 16h no horário local (5h de hoje no horário de Brasília). A administração do parque afirmou que a equipe de resgate enfrentou "condições climáticas dinâmicas, com neblina espessa que reduziam a visibilidade e aumentava o risco".

Dois alpinistas experientes integram equipe de reforço às buscas, diz família.

Parque segue funcionando normalmente e turistas continuam fazendo trilha em que a brasileira caiu. As informações foram divulgadas pela família da vítima e por outros brasileiros que foram até o local prestar apoio e acompanhar as buscas de perto.

Funcionários da embaixada acompanham esforços de resgate, informou Itamaraty. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que autoridades locais "no mais alto nível" foram mobilizadas para enviar equipes de resgate à área do vulcão.

Entenda o caso

Juliana já tinha passado pelas Filipinas, Vietnã e Tailândia durante o mochilão - Reprodução / Redes Sociais  - Reprodução / Redes Sociais
Juliana já tinha passado pelas Filipinas, Vietnã e Tailândia durante o mochilão
Imagem: Reprodução / Redes Sociais

A publicitária Juliana Marins, de 26 anos, tropeçou e escorregou durante a trilha na noite de sexta-feira (20), segundo a família. Ela rolou da montanha e foi parar a cerca de 300 metros abaixo do caminho da trilha, no vulcão Rinjani, na ilha de Lombok. Com isso, ficou debilitada e não conseguia se movimentar.

Três horas depois do acidente, um grupo de espanhóis encontrou a brasileira. A irmã dela, Mariana, vive em Niterói (RJ), disse ao UOL que as pessoas que passaram pelo local perguntaram o nome de Juliana e tentaram achar familiares e amigos dela pelas redes sociais.

Família acompanhou situação por fotos e vídeos enviados pelos espanhóis, na espera pelo resgate. Mariana diz que tudo se agravou com o aparecimento de uma neblina e umidade muito forte, que fez com que Juliana escorregasse ainda mais da pedra. A irmã chegou a dizer que seria um ''absurdo se ela morresse por falta de socorro''.

Juliana fazia um ''mochilão'' desde o final de fevereiro com uma agência de turismo. ''A empresa de turismo que a levou ficou mentindo o tempo todo, dizendo que o resgate tinha chegado, e não tinha chegado coisa nenhuma'', relatou a irmã.