Topo

Sem citar Carlos Bolsonaro, empresários de SC criticam candidatura de fora

Carlos Bolsonaro discursa na Câmara Municipal do Rio - Divulgação - 13.dez.23/CMRJ
Carlos Bolsonaro discursa na Câmara Municipal do Rio Imagem: Divulgação - 13.dez.23/CMRJ
do UOL

Do UOL, em São Paulo

20/06/2025 21h42Atualizada em 20/06/2025 21h42

A Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina) criticou a possibilidade do vereador Carlos Bolsonaro (PL), do Rio de Janeiro, se candidatar ao Senado por Santa Catarina.

O que aconteceu

Santa Catarina precisa de "representantes com raízes no estado", disse a entidade em comunicado.. "Santa Catarina tem lideranças políticas preparadas e legítimas para representá-la no Congresso Nacional. A indústria catarinense defende que a voz do estado em Brasília deve ser constituída com base no mérito, no diálogo com a sociedade e na profunda conexão com os catarinenses —e não por imposições externas."

Congressistas locais devem estar ligados ao setor produtivo e à população catarinense, ressaltou federação. "Para defender com legitimidade e conhecimento de causa os nossos interesses. A Fiesc valoriza a autonomia política do estado, as lideranças locais e o respeito à trajetória de um estado que nunca se curvou a projetos alheios à sua realidade."

Vereador há 24 anos na cidade do Rio de Janeiro, Carlos planeja deixar o estado. Com isso, há possibilidade de ele ser candidato ao Senado por Santa Catarina.

Jair Bolsonaro (PL) quer aproveitar o bom desempenho eleitoral no estado, onde obteve 69,27% dos votos válidos no 2º turno nas eleições de 2022. Vereador mais votado da capital fluminense na eleição municipal de 2024, com 130.480 votos, Carlos não terá espaço para a disputa das duas vagas ao Senado pelo Rio.

Três nomes do PL buscam a indicação do partido para as duas vagas na corrida ao Senado pelo Rio de Janeiro. Enquanto Flávio Bolsonaro (PL) deverá ser candidato à reeleição, o governador Cláudio Castro (PL) e o senador Carlos Portinho (PL) deverão disputar a outra vaga do partido nas eleições.

Em Santa Catarina, o cenário está mais aberto, onde haverá duas vagas para a Casa. Aliados do ex-presidente afirmam que ele entrou com contato com a deputada federal Júlia Zanatta (PL), que pretendia se lançar ao Senado pelo partido, para avisá-la que Carlos deverá ser candidato pelo estado.

A costura da chapa do PL em Santa Catarina passa também pelo governador Jorginho Mello (PL). O chefe do Executivo estadual deverá indicar um dos nomes do partido, enquanto Bolsonaro terá a prerrogativa de escolher o segundo nome.

Na última semana, Carlos disse que, "por convocação", considera a possibilidade de disputar as eleições por outro estado. "Hoje, quase por convocação, considero a possibilidade de atender ao chamado de disputar outro cargo no RJ ou em Estado em que puder ser mais útil ao projeto de libertar o Brasil, sem jamais mudar minha essência. Encaro essa missão com a mesma humildade e com a bagagem de quem está há um quarto de século lutando pelo que é certo", escreveu no X.

Carlos não seria o primeiro membro da família Bolsonaro a entrar para a política catarinense. O irmão mais novo, Jair Renan Bolsonaro, foi o vereador eleito mais votado em Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina. Ele se candidatou ao cargo utilizando como nome de urna "Jair Bolsonaro".

*Com informações de Estadão Conteúdo