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Em meio a conflito, 41 autoridades brasileiras estão em Israel; veja lista

Irã lançou mísseis balísticos contra Tel Aviv nesta sexta (13) - Jamal Awad/Reuters
Irã lançou mísseis balísticos contra Tel Aviv nesta sexta (13) Imagem: Jamal Awad/Reuters
do UOL

Do UOL, em São Paulo

13/06/2025 20h50Atualizada em 14/06/2025 00h28

Quarenta e uma autoridades brasileiras estão em Israel em meio ao conflito com Irã, que hoje revidou com mísseis o ataque israelense ocorrido ontem.

O que aconteceu

Preocupação aumentou após Irã atacar Israel com mísseis, em retaliação às ações israelenses contra zonas residenciais e militares do país. Ao menos 63 pessoas ficaram feridas em Israel, segundo a mídia israelense.

O prefeito de Macaé, Welberth Rezende (Cidadania), contou que o grupo foi ao país a convite da embaixada de Israel no Brasil. "Iniciaríamos uma série de visitas voltadas ao conhecimento de métodos tecnológicos aplicados à gestão de cidades."

Há quatro prefeitos, quatro vice-prefeitos e também o governador de Rondônia, Marcos Rocha (União Brasil). Veja lista completa dos políticos:

  • Governador de Rondônia, Marcos Rocha
  • Álvaro Damião (União Brasil) - prefeito de Belo Horizonte (MG)
  • Cícero de Lucena Filho (PP) - prefeito de João Pessoa (PB)
  • Welberth Porto de Rezende (Cidadania) - prefeito de Macaé (RJ)
  • Johnny Maycon (PL) - prefeito de Nova Friburgo (RJ)
  • Janete Aparecida Silva Oliveira (Avante) - vice-prefeita de Divinópolis (MG)
  • Maryanne Terezinha Mattos (PL) - vice-prefeita e secretária de Segurança Pública de Florianópolis (SC)
  • Cláudia da Silva Lira (Avante) - vice-prefeita de Goiânia (GO)
  • Vanderlei Pelizer Pereira (PL) - vice-prefeito de Uberlândia (MG)

Do Distrito Federal, estão quatro secretários - três deles de governo. A primeira-dama Mayara Noronha Rocha também estava em Israel, mas foi embora antes da escalada do conflito.

  • Marco Antônio Costa Júnior - secretário de Ciência e Tecnologia
  • Ana Paula Soares Marra - secretária de Desenvolvimento Social
  • Thiago Frederico de Souza Costa - secretário-executivo Institucional e de Políticas de Segurança Pública
  • Rafael Borges Bueno - secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural
  • Denise Figueiredo Passos - acompanhante da primeira-dama
  • Angela Maria Ferreira Lima - acompanhante da primeira-dama

De Goiás, há dois secretários. Entre eles, o secretário de Saúde, Rasível dos Reis Santos Júnior.

  • Pedro Leonardo de Paula Rezende - secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento
  • Rasível dos Reis Santos Júnior - secretário estadual de Saúde
  • Keila Edna Pereira Santos - esposa do secretário Rasível

Há três representantes de Mato Grosso do Sul também.

  • Ricardo José Senna - secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação
  • Christinne Maymone - secretária-adjunta da Secretaria de Estado de Saúde
  • Marcos Espíndola de Freitas - coordenador de Tecnologia da Informação da Secretaria de Saúde

Além do governador, há dois secretários de Rondônia que estão em Israel. Há também assessores do governador.

  • Augusto Leonel de Souza Marques - secretário de Integração;
  • Valdemir Carlos de Góes - secretário-chefe da Casa Militar;
  • Maricleide Lima da Fonseca - chefe de agenda do governador;
  • Rute Carvalho Silva Pedrosa - chefe de gabinete do governador;
  • Renan Fernandes Barreto - chefe de mídias do governador

Há cinco representantes do Consórcio Brasil Central que estão em Israel.

  • José Eduardo Pereira Filho - secretário-executivo;
  • Renata Zuquim - diretora de Relações Internacionais e Parcerias;
  • Bruno Watanabe - diretor de Projetos;
  • Fabrício Oliveira - assessor de comunicação;
  • Ana Luisa Farias - analista internacional

Além disso, há representantes de outros estados e municípios brasileiros. Entre eles, está o secretário de Segurança Pública de Porto Alegre (RS) Alexandre Augusto Aragon.

  • Dilermando Garcia Ribeiro Júnior - secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação de Aracaju (SE);
  • Márcio Lobato Rodrigues - secretário municipal de Segurança Pública de Belo Horizonte (MG);
  • Paulo Rogério Rigo - secretário de Proteção Civil de Joinville (SC);
  • Francisco Vagner Gutemberg de Araújo - secretário de Planejamento de Natal (RN);
  • Gilson Chagas e Silva Filho - secretário de Segurança Pública de Niterói (RJ);
  • Alexandre Augusto Aragon - secretário municipal de Segurança Pública de Porto Alegre (RS);
  • Verônica Pereira Pires - secretária de Inovação, Sustentabilidade e Projetos Especiais de São Luís (MA);
  • Flavio Guimarães Bittencourt do Valle - vereador do Rio de Janeiro (RJ);
  • Davi de Mattos Carreiro - chefe executivo do CIVITAS (Centro de Inteligência, Vigilância e Tecnologia de Segurança Pública do Rio de Janeiro);
  • Francisco Nélio Aguiar da Silva - presidente da FAMEP, ex-prefeito de Santarém e secretário regional de Governo para o Baixo Amazonas (PA)

Comissão de Relações Exteriores do Senado intensificou articulações com o Itamaraty para enviar aeronave da FAB (Força Aérea Brasileira). Segundo o comunicado do colegiado, o voo seria para trazer as autoridades - sem menção aos civis brasileiros.

Entenda o caso

Israel bombardeou o Irã na noite de quinta-feira (horário de Brasília). Barulhos de explosões foram relatados na capital, Teerã e no entorno, segundo a agência de notícias iraniana Nour.

O chefe da Guarda Revolucionária do Irã, o general Hossein Salami, foi morto no ataque. O chefe das Forças Armadas, general Mohammad Bagheri, e os cientistas nucleares, Mohammad Mehdi Tehranchi e Fereydoon Abbasi, também morreram na ação. A Casa Branca afirmou que não esteve envolvida nos ataques.

Israel disse na madrugada de sexta-feira (horário local) que completou o "ataque inicial" contra o Irã, sem detalhar se haverá novos bombardeios. As FDI (Forças de Defesa de Israel) afirmaram que a operação foi contra "dezena de alvos militares" e instalações nucleares relacionados ao programa nuclear do Irã.

"Vamos continuar a atacar o tempo que for necessário", até a conclusão da missão, disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Ele afirmou que Israel está em um "ponto decisivo" em sua história, acrescentando que o objetivo da operação é "atacar a infraestrutura nuclear do Irã, as fábricas de mísseis balísticos do Irã e as capacidades militares do Irã".

O líder supremo do Irã disse que Israel preparou um "destino amargo e doloroso para si mesmo" após atacar o país. O aiatolá prometeu vingança. Já o novo comandante da Guarda Revolucionária, Mohammad Pakpour, disse que haverá "consequências destruidoras" a Israel em razão dos ataques. As ações repercutiram entre líderes mundiais.

Hoje, o Irã disse que o ataque israelense às bases nucleares do país deixou 78 pessoas mortas. O embaixador do Irã na ONU, Amir Saeid Iravani, também afirmou que mais de 320 pessoas ficaram feridas. A maioria das vítimas era civis, incluindo mulheres e crianças.

Em resposta, ataques iranianos hoje atingiram áreas residenciais e deixaram feridos em Israel. Duas pessoas estão em estado crítico, de acordo com jornal israelense Haaretz. O porta-voz do serviço de resgate israelense, MDA (Magen David Adom), disse à imprensa local que outras vítimas tiveram "ferimentos leves" e foram socorridas. Não há relatos de mortos até o momento.

A Guarda Revolucionária afirmou que o alvo do ataque foram bases militares israelenses. A corporação afirmou ter feito uma "resposta precisa e esmagadora contra dezenas de alvos, centros industriais militares e bases aéreas" em Israel.

As FDI declararam que menos de 100 mísseis balísticos foram disparados pelo Irã em dois bombardeios. O porta-voz da FDI, Effie Defrin, alegou que a maioria foi interceptada pelas defesas aéreas israelenses ou caiu antes de chegar ao país. "Há um número limitado de impactos em edifícios, alguns foram causados por fragmentos de interceptação", disse.