Caso João Pedro: família cobra júri popular para policiais acusados
A morte de João Pedro Mattos Pinto fez 5 anos no domingo (18). O adolescente estava na casa dos tios, com mais cinco crianças, quando, segundo testemunhas, policiais entraram atirando na residência, que fica no Complexo do Salgueiro. O menino foi atingido pelas costas. Ele chegou a ser socorrido de helicóptero, mas não resistiu. No local, a perícia registrou mais de 70 disparos.
Em 2024, quando os policiais foram absolvidos, a Defensoria disse que a sentença não considerou "robusta prova técnica e testemunhal produzida no processo" para levar o caso ao júri popular, por se tratar de crime doloso contra a vida, como é o caso.
O assassinato do menino, em 2020, gerou comoção e serviu de base para a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de determinar que operações em favelas e periferias fluminenses só estavam autorizadas em "hipóteses excepcionais", durante a pandemia. A Arguição de descumprimento de preceito fundamental das Favelas (ADPF) foi atualizada em fevereiro de 2025 com medidas para reduzir a letalidade nas operações policiais.
*Colaborou Bruno de Freitas Moura