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Policial é morto na Cidade de Deus; polícia promete 'resposta à altura'

do UOL

Do UOL, em São Paulo

19/05/2025 12h58

Horas após um policial civil da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) ser morto durante uma operação na comunidade Cidade de Deus, na zona oeste do Rio, a polícia afirmou que a "resposta será dada à altura".

O que aconteceu

José Antônio Lourenço foi baleado na cabeça. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento em que o agente chega em uma maca acompanhado dos colegas no hospital municipal Lourenço Jorge, onde foi atendido e não resistiu aos ferimentos.

As tropas policiais não vão sair da Cidade de Deus até criminosos serem encontrados. A afirmação foi feita pelo secretário de Polícia Civil do Rio, Felipe Curi, em entrevista à TV Globo.

Polícia declarou que não haverá vingança, mas que resposta será dada à altura. "Não vamos sair da comunidade. Resposta será dada à altura", prometeu o secretário. "Não tem vingança, tem técnica (...) a gente não vai sossegar enquanto não prendermos ou tirarmos de circulação esses criminosos se eles decidirem reagir contra nossas equipes", acrescentou Curi.

Secretaria de Polícia Civil disse que ele foi ''brutalmente assassinado por criminosos''. Além disso, informou que realiza diligências para identificar os responsáveis pelo ataque ao policial. ''A perda de um dos nossos é sentida com dor e indignação. A Secretaria se solidariza com os familiares, amigos e colegas neste momento de luto, também vivido por cada um da instituição'', escreveu a pasta em nota.

Tiroteio chegou a a interditar a Linha Amarela. Por volta das 12h30, o tráfego estava liberado ao trânsito.

Operação mira fábricas de gelo

Fábrica de gelo na Cidade de Deus - Inea - Inea
Fábrica de gelo na Cidade de Deus
Imagem: Inea

Os agentes cumpriam mandado de busca e apreensão na comunidade no momento do ocorrido. A Polícia Civil mira empresas e endereços ligados à fabricação de gelo possivelmente contaminado, que abastecem vendedores das praias da Barra da Tijuca e do Recreio. Uma fábrica na Cidade de Deus e uma distribuidora na Barra estão sendo fiscalizadas.

Investigação começou em fevereiro após perícia encontrar coliformes fecais nos produtos. Por isso, policiais e técnicos verificavam as condições de armazenamento e qualidade da água utilizada, checavam possíveis ligações clandestinas de energia elétrica e água, e apuravam crimes ambientais e contra o consumidor.

A fábrica na Cidade de Deus foi interditada. Segundo o Inea (Instituto Estadual do Ambiente), que também integra a operação, foi constatado uso de água contaminada no estabelecimento. Um dos responsáveis pelo local já foi encaminhado para a delegacia.

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