Líder do PCC preso na Bolívia ficará em penitenciária de segurança máxima em Brasília
BRASÍLIA (Reuters) - O traficante Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, líder do PCC, ficará em penitenciária de segurança máxima em Brasília, depois de ter sido preso na Bolívia.
De acordo com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, nas negociações com o governo boliviano optou-se pela expulsão do país para agilizar o processo de prisão de Tuta no Brasil, onde o traficante já havia sido condenado a 12 anos de prisão por associação criminosa, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
O traficante estava há 5 anos foragido e foi colocado na lista de difusão vermelha da Interpol, mas foi preso na Bolívia ao tentar renovar seu registro de estrangeiro no país vizinho usando um documento brasileiro falso.
Segundo o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Meirelles, Tuta foi identificado por meio de biometria, com o cruzamento de dados da PF e da Interpol. Depois de preso, e das negociações entre os dois governos, o líder do PCC foi entregue à PF em Corumbá (MS), de onde foi levado para Brasília em uma aeronave da força policial.
O traficante ficará preso na mesma penitenciária federal de outro líder do PCC, Marcos Camacho, o Marcola. Apesar da proximidade, Lewandowski garante que não haverá qualquer contato entre os dois.
"A penitenciária (de Brasília) é a mais segura. Não há nenhum perigo de contato entre eles e eventualmente outros membros de facção. Esse contato é impossível", garantiu o ministro, acrescentando que presos de alta periculosidade são periodicamente transferidos entre presídios federais de segurança máxima.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)