Influencer que matou recém-casado no Rio se entrega após 10 meses foragido

O influenciador Vitor Vieira Belarmino, réu por atropelar e matar em julho de 2024 um noivo que havia acabado de se casar, se entregou à polícia do Rio hoje.
O que aconteceu
Ele se apresentou na delegacia do Recreio dos Bandeirantes. Belarmino foi preso "após diversas diligências para localizá-lo", ressaltou a Polícia Civil.
Influenciador ficou foragido por dez meses. Em janeiro, a Justiça negou um pedido da defesa dele e manteve a prisão. Na decisão, a juíza argumentou que "nada enfraquece a informação dos autos de que possivelmente o acusado estaria conduzindo seu veículo acima da velocidade permitida".
Belarmino foi denunciado pelos crimes de homicídio, omissão de socorro e fuga do local do crime. As mulheres que estavam com ele no carro no momento do acidente também respondem por omissão de socorro.
Suspeito disse que fez de tudo para evitar o incidente. "Fiz de tudo para evitar. Eu não peguei o carro, perdi a direção e atropelei: ele entrou na frente do meu carro, eu desviei, saí da frente dele e ele caiu em cima do meu carro. Isso é claro nas imagens", afirmou, em entrevista à Record no mês passado.
Relembre o caso
Fábio Toshiro e a esposa Bruna Villarinho tinham acabado de chegar da cerimônia de casamento. Por volta de 22h40 do dia 13 de julho de 2024, eles deixaram o sítio onde ocorreu o casamento para ir ao hotel, onde passariam parte da lua de mel.
Casal chegou ao Hotel CS Design, fez o check-in e subiu para deixar as malas e trocar de roupa. Toshiro quis olhar o mar com Bruna e, ao atravessar a avenida Lúcio Costa, por volta das 23h20, foi atropelado e morreu. Bruna não foi atingida, mas, segundo sua advogada, ficou traumatizada com o que aconteceu.
Defesa de Vitor sugere que motoqueiro, que passou pelo casal segundos antes do atropelamento, empurrou Toshiro em direção ao carro. Em depoimento à polícia, o motoqueiro afirmou que "em momento algum encostou, empurrou ou chutou" a vítima e que estacionou para ajudar no socorro. A perícia da polícia também concluiu que o motoqueiro não poderia ter empurrado Toshiro.
Inquérito da Polícia Civil apontou que o influenciador dirigia em velocidades entre 109 km/h e 160 km/h. Se estivesse dentro da velocidade permitida, ele teria condições de parar o carro antes do impacto.
O carro, BMW 428I, guiado pelo influenciador acumula mais de R$ 17 mil em dívidas. Constam multas por excesso de velocidade, por dirigir na contramão, por CNH vencida, por dirigir usando o celular, por falta de licenciamento e por falta de uso de cinto de segurança.