Centro-direita, do atual primeiro-ministro, vence eleições em Portugal

Com 100% das urnas apuradas, a coligação de partidos centro-direita AD (Aliança Democrática), liderada pelo atual primeiro-ministro, Luís Montenegro (PSD), venceu as eleições parlamentares em Portugal hoje.
O que aconteceu
A coligação de Montenegro, de centro-direita, teve 32,72% dos votos. Os partidos Socialista e Chega ficaram em segundo e terceiro lugar, com 23,38% e 22,56%, respectivamente — uma margem muito apertada.
Com a vitória, a AD elege 89 representantes. A aliança é formada por PSD (Partido Social Democrata) e CDS (Centro Democrático Social). O Partido Socialista e o Chega ficam com 58 cadeiras cada (veja resultados completos abaixo).
Abstenção caiu na comparação com o pleito do ano passado. A ausência de eleitores no pleito legislativo ficou em 35,67% — no ano passado, totalizou 40,16%. Votos brancos e nulos ficaram em 1,44% e 0,99%, respectivamente.
Direta cresce, enquanto esquerda perde cadeiras. Nas eleições de 2024, o Partido Socialista havia conquistado 78 mandatos — agora, tem 58. Enquanto isso, a direita e centro-direita cresceram: em relação ao ano passado, a AD e o Chega elegeram nove e oito novos representantes, respectivamente.
Luís Montenegro já liderava as últimas pesquisas eleitorais. Encabeçada pelo atual premiê, a coligação AD (Aliança Democrática) dos partidos PSD e CDS aparecia nas projeções mais recentes com cerca de 34% das intenções de voto. Na sequência, apareciam o Partido Socialista (27%) e o Chega (15,2%).
Resultado das eleições parlamentares em Portugal
- AD: 32,72% / 89 representantes
- PS: 23,38% / 58
- Chega: 22,56% / 58
- Iniciativa Liberal: 5,53% / 9
- LIVRE: 4,2% / 6
- CDU: 3,03% / 3
- BE: 2,0% / 1
- PAN: 1,36% / 1
- ADN: 1,32% / 0
- PPD / PSD.CDS-PP.PPM: 0,62% / 3
- JPP: 0,34% / 1
- RIR: 0,23% / 0
- PCTP / MRPP: 0,18% / 0
- PPM: 0,09% / 0
- Nós, Cidadãos: 0,05% / 0
- MPT: 0,01% / 0
- PTP: 0,01% / 0
Portugal teve três eleições em três anos
Os portugueses foram às urnas pela terceira vez desde 2023. A eleição antecipada ocorreu após o presidente Marcelo Rebelo de Sousa dissolver o parlamento em ação motivada pela perda de confiança do próprio Luís Montenegro.
Crise envolvendo Montenegro foi originada em escândalo. A renúncia do primeiro-ministro, em março, foi motivada pelas suspeitas de conflito de interesses em relação às atividades de uma empresa de consultoria registrada em nome de seus filhos.
Premiê se recusa a governar com o apoio da extrema-direita. Com isso, Montenegro aposta na expectativa de formar maioria com o partido Iniciativa Liberal Social, que alcançou 5,53% dos votos.
Voto antecipado e em trânsito atingiram nível recorde no pleito. De acordo com o Ministério da Administração Interna de Portugal, 333 mil eleitores se inscreveram para votar antecipadamente. O número é o maior desde a implementação da modalidade no sistema eleitoral português.