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Republicanos iniciam debate sobre pacote de corte de impostos de Trump

13/05/2025 09h33

WASHINGTON (Reuters) - Os republicanos da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos darão início nesta terça-feira ao debate público sobre elementos cruciais do corte de impostos e da legislação orçamentária do presidente norte-americano Donald Trump, enfrentando escolhas que podem pôr à prova sua estreita maioria.

O plano, que estenderia os cortes de impostos aprovados no primeiro mandato de Trump, poderia acrescentar trilhões de dólares à dívida nacional de US$36,2 trilhões na próxima década.

Os parlamentares pretendem compensar parcialmente a perda de receita com cortes de gastos, inclusive no programa de saúde Medicaid, voltado para norte-americanos de baixa renda, o que alguns republicanos alertam que pode minar o apoio dos eleitores de Trump.

Os republicanos têm uma estreita maioria de 220 a 213 na Câmara dos Deputados e precisarão de quase unanimidade para aprovar a medida que os democratas criticam por prejudicar os programas sociais.

O plano tributário republicano inclui um corte parcial de impostos para cerca de 4 milhões de trabalhadores que recebem gorjetas, deduções fiscais ampliadas para idosos e algum alívio fiscal para horas extras.

Alguns formuladores da política tributária argumentam que os novos cortes de impostos são "essenciais" para cumprir as promessas de campanha de Trump para seus eleitores de baixa e média renda. O partido também buscará o apoio desse eleitorado nas eleições legislativas de 2026, quando o controle do Congresso estará em disputa.

Os conservadores fiscais do partido argumentam que a proposta não tem cortes de gastos suficientes, e alguns deputados republicanos de Estados costeiros com altos impostos estão resistindo a aceitar o nível de dedução de US$30.000 para impostos estaduais e locais.

A proposta dos republicanos aumenta a carga tributária sobre os fundos patrimoniais de grandes universidades para aumentar a arrecadação.

Do outro lado do Capitólio, a minoria democrata está se unindo para defender o Medicaid.

O presidente da Câmara dos Deputados, Mike Johnson, está pressionando seu partido para acelerar a tramitação da legislação, estabelecendo um cronograma de apenas sete dias legislativos para aprovar o pacote até o Memorial Day, em 26 de maio.

Além dessa legislação ser vista como a principal prioridade legislativa do presidente, o prazo iminente do teto da dívida do país está pressionando os republicanos a trabalharem rapidamente, já que o partido planeja aumentar o endividamento do governo ao elevar o limite da dívida em US$4 trilhões.

(Reportagem de Bo Erickson)

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