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Representante comercial dos EUA diz que tarifa universal de 10% reconstruirá manufatura do país

13/05/2025 11h32

Por Andrea Shalal e Doina Chiacu

WASHINGTON (Reuters) - O representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, disse nesta terça-feira que a tarifa universal de 10% sobre os produtos que entram no país permanecerá em vigor, mas as autoridades norte-americanas estão em negociações com muitos países para reduzir as tarifas adicionais impostas pelo presidente Donald Trump.

Greer disse à CNBC que falará com o secretário de Comércio da Índia nesta terça-feira antes de partir para Seul, na Coreia do Sul, para uma reunião de ministros do Comércio da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec).

O negociador-chefe de comércio dos EUA, que acaba de voltar de discussões no fim de semana com autoridades chinesas na Suíça, disse que se reunirá com o ministro do Comércio sul-coreano nos próximos dias e com ministros de outros países asiáticos que participarão da reunião da Apec.

"Estamos felizes em agir tão rapidamente quanto as outras partes estiverem dispostas a agir", disse Greer, citando os acordos firmados nos últimos dias com China, Reino Unido e as recentes conversas com a Suíça. "Estamos nos movendo o mais rápido possível com pessoas que querem ser ambiciosas."

Ele deixou claro que as tarifas de 10% impostas a quase todos os países por Trump em 2 de abril permanecerão em vigor, observando que Trump havia feito campanha com a promessa de instituir uma tarifa universal e uma tarifa um pouco mais alta sobre a China.

"É mais ou menos onde estamos agora", disse ele, acrescentando que os EUA continuarão trabalhando com parceiros confiáveis para acomodar as cadeias de suprimentos, como visto no acordo comercial da semana passada com o Reino Unido.

"Queremos apenas garantir que tenhamos cadeias de suprimentos seguras (e) que tenhamos o máximo possível de produção no país. E, com uma tarifa global de 10%, isso ajudará a reduzir o déficit comercial, que é o principal impulsionador de todo o programa, mas também a reestabelecer a produção e criar condições comerciais justas com nossos parceiros", disse.

Ele disse que Trump considerará "uma abordagem diferente" se a China tomar medidas para interromper as remessas de fentanil e medicamentos precursores.

Greer ainda afirmou que os EUA também manterão as tarifas setoriais sobre aço, alumínio, automóveis e produtos farmacêuticos - todas as áreas em que os EUA precisam aumentar a produção doméstica.

"Em última análise, não se trata de cercar a China ou algo do gênero. Trata-se de tornar os Estados Unidos mais competitivos, tornar nossas cadeias de suprimentos mais resilientes, obter produção doméstica aqui e reduzir o déficit comercial ao longo do tempo."

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