Policiais são denunciados por pedir propina a influenciadores funkeiros

Oito pessoas, entre elas seis policiais civis e uma advogada, foram denunciadas pelo MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) por integrarem uma organização criminosa que extorquia influenciadores funkeiros que divulgam rifas ilegais nas redes sociais.
O grupo agia em uma delegacia de Santo André (SP). A ocupação do oitavo denunciado não foi divulgada.
O que aconteceu?
Policiais investigavam os influenciadores pediam dinheiro para arquivar as apurações, diz a denúncia. As rifas ilegais poderiam configurar contravenção penal por exploração de jogos de azar, além de crimes como estelionato e lavagem de dinheiro. Por isso, segundo o MP, eles eram coagidos a realizar o pagamento da propina.
Um dos denunciados monitorava redes sociais para identificar possíveis alvos, segundo o Gaeco. Em seguida, policiais que participavam do esquema, liderados pelo chefe dos investigadores, abriam investigações contra os influenciadores e entravam em contato exigindo dinheiro.
MP diz que os denunciados praticaram o crime de organização criminosa, além corrupção passiva e ativa, com dano moral coletivo. Além das condenações, o MP pede uma indenização de R$ 700 mil em favor do Estado, a ser obtido com a da perda de valores e bens móveis e imóveis dos denunciados. A denúncia foi oferecida na última sexta-feira.
Quatro policiais civis já haviam sido presos em 25 de abril, na terceira fase da Operação Latus Actio. Eles estavam lotados no 6º DP de Santo André. Em dezembro, um investigador apontado como peça central do esquema também havia sido preso.