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Fraude no INSS repercute mais que crise do Pix, diz pesquisa Quaest

Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, mirou fraudes no INSS - Divulgação
Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, mirou fraudes no INSS Imagem: Divulgação
do UOL

Do UOL, em São Paulo

12/05/2025 20h56Atualizada em 13/05/2025 08h55

A discussão sobre fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) teve mais repercussão do que a crise do Pix em grupos de mensagens, segundo pesquisa Quaest divulgada hoje.

O que aconteceu

Volume de mensagens sobre o INSS foi 2,6 vezes maior do que sobre a falsa taxação do Pix, segundo o levantamento. De acordo com a Quaest, foram 3,6 milhões de mensagens citando diretamente o escândalo do INSS em 30 mil grupos públicos no WhatsApp, Telegram e Discord. Os dados foram coletados entre os dias 21 de abril e 7 de maio.

Alcance estimado médio de mensagens sobre o tema nos grupos públicos foi de 818 mil pessoas por dia. A repercussão também foi maior do que outros temas, como a saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro, inclusive em grupos de direita.

Metade das mensagens tem teor negativo. Segundo a pesquisa, 50% são falas críticas e 47% estão acompanhadas de notícias sobre o tema. A defesa do governo aparece em apenas 3% do conteúdo coletado.

Vídeo de Nikolas Ferreira (PL-MG) causou onda de repercussão. A Quaest afirma que o conteúdo publicado no Instagram do deputado corresponde a 20% de todos os links compartilhados sobre o caso do INSS. O vídeo viralizou rapidamente, impulsionando um aumento de 204% nas menções ao tema no dia 6.

Houve outros dois picos de mensagens sobre o assunto. O primeiro foi em 23 de abril, data da operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que revelou o esquema. O segundo foi no dia 29 de abril, após a divulgação do relatório da PF que detalhava a extensão da fraude. Foi a partir desse momento que as mensagens passaram a ter maior teor político, segundo o monitoramento.

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