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Hamas anuncia que vai libertar refém israelense-americano Edan Alexander

11/05/2025 16h34

O grupo islamista palestino Hamas anunciou, neste domingo (11), após discussões com representantes dos Estados Unidos sobre uma trégua em Gaza, que vai libertar o refém americano-israelense Edan Alexander, em cativeiro desde o ataque de 7 de outubro de 2023.

"O soldado israelense Edan Alexander, com dupla cidadania americana, será libertado como parte dos esforços para um cessar-fogo, a abertura de pontos de travessia e a entrada de ajuda e [serviços] de resgate ao nosso povo" na Faixa de Gaza, informou, em um comunicado, o Hamas, que governa o devastado território palestino.

O anúncio do grupo islamista ocorre antes da visita ao Oriente Médio do presidente americano, Donald Trump, que visitará a Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos de 13 a 16 de maio.

O magnata republicano agradeceu neste domingo em sua rede Truth Social àqueles que tornaram possível essa "notícia monumental" e qualificou a libertação como "gesto de boa fé".

"Esperemos que este seja o primeiro dos passos finais necessários para pôr fim a este conflito brutal", acrescentou.

Por sua vez, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ressaltou que seu país continuará com os combates na Faixa.

"De acordo com a política de Israel, as negociações ocorrerão sob fogo, com o compromisso de alcançar todos os objetivos da guerra", assinalou o gabinete de Netanyahu em um comunicado.

Em seu anúncio, o Hamas disse estar "pronto para iniciar de imediato negociações intensivas e fazer esforços sérios para chegar a um acordo final sobre a cessação da guerra" ou "o intercâmbio de prisioneiros [reféns israelenses por presos palestinos]".

Também sobre "a gestão da Faixa de Gaza por parte de um organismo profissional independente, com o objetivo de garantir a manutenção da calma e da estabilidade durante muitos anos, além da reconstrução e do fim do assédio".

Edan Alexander, de 21 anos, foi capturado no ataque de 7 de outubro que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza, enquanto servia em uma unidade de elite perto do território palestino.

Em 15 de abril, o Hamas disse ter perdido contato com o grupo que o mantinha cativo em Gaza após um ataque israelense.

Das 251 pessoas sequestradas em Israel nos ataques de 7 de outubro de 2023, 58 continuam em cativeiro em Gaza, incluídas 34 declaradas mortas pelo Exército israelense.

Os Estados Unidos são um dos mediadores, junto com o Egito e o Catar, no conflito entre Israel e Hamas. 

Egito e Catar descreveram o anúncio do Hamas como um "gesto de boa vontade" e "um passo encorajador rumo ao retorno à mesa de negociações para alcançar uma trégua na Faixa de Gaza, a libertação de prisioneiros e detidos, e garantir o fluxo seguro e sem obstáculos da ajuda" humanitária no território devastado.

az/ami/dcp/mvv/ic

© Agence France-Presse

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