A comunicação do governo federal frente a crise do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) não tem sido eficiente e proativa o suficiente, avaliou o colunista Ronilso Pacheco no UOL News, do Canal UOL.
Por enquanto, a comunicação tem apenas "apagado fogo", como aconteceu no caso do vídeo publicado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). No material, que viralizou, o parlamentar chamou as fraudes de "o maior escândalo da história do Brasil" e usou a mesma estética do vídeo do Pix, lançado em janeiro e que foi um dos maiores propulsores da crise do governo Lula.
Tem uma falta no governo que é muito grande e fica sempre contando em apagar incêndio a partir da potência dos vídeos que o Nikolas Ferreira faz.
É a pirotecnia como você junta textos, como você junta matérias, como você junta dados, como você mistura dados, mistura informações; cria uma história para isentar o governo Bolsonaro [das fraudes do INSS], o que é absolutamente absurdo. Mas é um trabalho que é bem feito e tem o seu impacto. Por ora, não teve a mesma repercussão, o mesmo impacto.
Acho que tem muitas frentes de debate e de enfrentamento dessa discussão com relação ao INSS. Mas o fato é que o governo conta com estratégias malsucedidas, não tem uma proatividade, uma comunicação que seja eficiente em tomar a dianteira da situação.
Ronilso Pacheco, colunista do UOL
Por enquanto, a avaliação do governo é de que o vídeo de Nikolas Ferreira não conseguiu colar a pecha de corrupção no presidente Lula. Mas, para o colunista do UOL, ainda há chances de que isso mude.
Eu não sei o quanto o governo pode celebrar no sentido de que o governo tenha feito uma conta estratégica e ela tenha dado certo. De fato, o efeito, o impacto sob o governo que era esperado pela oposição não aconteceu, o que não significa que não pode escalonar para acontecer. Isso é uma coisa importante.
O governo ficar cantando vitória só porque não teve o impacto que era esperado, não significa que o governo está fazendo alguma coisa.
Ronilso Pacheco, colunista do UOL
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