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Governo destrói acampamentos de garimpo em terra indígena no Pará

Acampamentos de garimpos ilegais foram destruídos - Reprodução/Polícia Federal do Pará
Acampamentos de garimpos ilegais foram destruídos Imagem: Reprodução/Polícia Federal do Pará
do UOL

Do UOL, em São Paulo

10/05/2025 23h09

O governo federal está coordenando uma ação de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Kayapó, no estado do Pará.

O que aconteceu

O objetivo é combater o garimpo ilegal e retirar ocupações não autorizadas no território demarcado desde 1991. Segundo a PF (Polícia Federal), nos primeiros dias de operação foram destruídos acampamentos de garimpos ilegais e realizadas apreensões de combustível, maquinário, munições, mercúrio, ouro e celulares.

Ação acontece na Terra Indígena Kayapó. O local é território do povo indígena Mebêngôkre e a operação foi determinada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que considerou a situação do garimpo no estado "crítica", ainda no governo Bolsonaro (PL).

Operação da Polícia Federal expulsou garimpeiros do território Kayapó - Reprodução/PF - Reprodução/PF
Operação da Polícia Federal expulsou garimpeiros do território Kayapó
Imagem: Reprodução/PF

Região teve 274 hectares de mata nativa destruídos por garimpo ilegal, o equivalente a 253 campos de futebol. Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, é a segunda terra indígena mais afetada pela mineração ilegal no país.

A Terra Indígena Kayapó área de 3,2 milhões de hectares. A demarcação é distribuída entre os municípios de São Félix do Xingu (50,6%), Ourilândia do Norte, Cumaru do Norte e Bannach.

Operação foi deflagrada no segundo dia do mês de maio e tem previsão de duração por 90 dias. O governo afirma que está em contato com a população durante o processo e que o Ministério dos Povos Indígenas promoveu diálogo com mais de cem lideranças Kayapó para discutir como será realizada a operação de segurança contra novos invasores.

Combate ao garimpo conta com varredura do território e mapeamento aéreo. "A maior parte dos garimpeiros faz exploração econômica da terra, retirando em especial o ouro, e o que resta aos indígenas é um rastro de devastação", disse o Ministério dos Povos Indígenas, em nota sobre a desintrusão, nome dado às operações para a retirada de invasores de territórios tradicionais.

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