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Robert Prevost é eleito para suceder papa Francisco e adota nome de Leão 14

Alberto Pizzoli - 8.mai.2025/AFP
Imagem: Alberto Pizzoli - 8.mai.2025/AFP
do UOL

Carolina Juliano

09/05/2025 06h06

Cardeais da Igreja Católica encerraram ontem o conclave e elegeram o sucessor do papa Francisco, morto no último dia 21 de abril. No segundo dia de votações, o Vaticano elegeu o norte-americano Robert Prevost, de 69 anos, como novo líder da Igreja Católica. Ele é o primeiro religioso dos Estados Unidos a ocupar o posto e adotou o nome de Leão 14. O nome papal costuma homenagear santos, apóstolos ou ser uma referência a papas anteriores. O último papa Leão é conhecido pela promulgação, em 1891, da encíclica Rerum Novarum, primeira a tratar dos temas ligados à Doutrina Social da Igreja. Em sua bênção inicial, Robert Prevost agradeceu ao papa Francisco e falou na necessidade de uma Igreja onde haja decisões compartilhadas. O novo papa é da Ordem de Santo Agostinho e também é cidadão do Peru, onde atuou por 20 anos como missionário. Veja como foi o anúncio.

Papa Leão 14 tem perfil equilibrado, segundo clérigos próximos. O cardeal Robert Prevost se assemelha ao papa Francisco em compromisso com pobres e migrantes, mas é mais conservador em diversidade de gênero segundo especialistas. Nascido em Chicago e poliglota, ele é visto como um religioso que transcende fronteiras: viveu por duas décadas no Peru, onde se tornou bispo e cidadão naturalizado, liderou sua ordem religiosa internacional e ocupava um cargo influente no Vaticano. Diante da incerteza sobre seguir a agenda inclusiva de Francisco ou retornar a uma linha doutrinária conservadora, especialistas apontam que os apoiadores de Prevost o apresentavam como uma alternativa equilibrada entre os papáveis. O agora papa Leão 14 foi nomeado em 2023 por Francisco para comandar o departamento que escolhe e supervisiona os bispos no mundo todo. Apesar de seguir os mesmos passos do seu antecessor em favor dos pobres e migrantes, já demonstrou menos abertura em relação à população LGBTQIA+. Em 2012, criticou a simpatia da mídia ocidental por crenças e práticas que, segundo ele, vão contra o Evangelho. Saiba mais sobre ele.

Donald Trump comemora eleição do papa americano. O presidente dos Estados Unidos parabenizou Robert Prevost em suas redes sociais e disse que a escolha era "uma grande honra" para o país. O novo papa, no entanto, já criticou abertamente o governo de Trump. Também em redes sociais, Prevost criticou JD Vance, o vice-presidente católico dos EUA, e depois publicou uma carta que Francisco enviou aos bispos americanos, criticando a política migratória de Donald Trump. Mais recentemente, ele compartilhou uma postagem que criticava a visita do presidente salvadorenho, Nayib Bukele, aos EUA, e ações de deportação de um imigrante de forma irregular. Ainda assim, Vence também o parabenizou por ter sido eleito e disse que vai orar para que faça um bom trabalho na liderança da Igreja.

Lula participa hoje de celebração do 'Dia da Vitória' na Rússia. O presidente está em Moscou e assiste à comemoração pelos 80 anos da derrota da Alemanha nazista para o exército soviético na Segunda Guerra Mundial, em 1945. Em meio ao conflito da Rússia contra a Ucrânia, o evento é marcado pela ausência de líderes de potências ocidentais. O convidado de maior relevância é o presidente da China, Xi Jinping. Das Américas, além de Lula, foram divulgados os nomes de Nicolás Maduro, da Venezuela, e Miguel Díaz-Canel, de Cuba. Lula terá depois uma reunião bilateral com Vladimir Putin. O presidente tenta conquistar um papel de mediador na guerra contra a Ucrânia. Saiba mais.

STF começa a julgar hoje suspensão de ação contra Ramagem. O ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do STF, marcou julgamento virtual a partir de hoje para analisar a votação da Câmara que decidiu pela suspensão de parte da ação penal contra o deputado federal Alexandre Ramagem por tentativa de golpe de Estado. Ex-diretor da Abin, Ramagem é réu no STF na mesma ação em que Bolsonaro se tornou réu por tentativa de golpe de Estado. A medida aprovada na Câmara defende que a lei proíbe que parlamentares já diplomados sejam investigados e a decisão pode beneficiar também Jair Bolsonaro. Ministros do Supremo afirmaram à Folha, sob reserva, que a tentativa da Câmara é inconstitucional e deve ser derrubada. Entenda.

STF começa a decidir se condena Zambelli por invasão hacker ao sistema do CNJ. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal começa a julgar, a partir das 11h de hoje no plenário virtual, a deputada federal Carla Zambelli e o hacker Walter Delgatti Netto por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça. De acordo com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, Zambelli e o hacker planejaram e executaram a invasão ao sistema do CNJ para inserir um mandado de prisão falso contra Moraes. Delgatti, conhecido como o "hacker de Araraquara", disse à PF que foi procurado pela parlamentar para realizar a invasão e recebeu dinheiro dela. Se for condenada à prisão, Zambelli pode perder o mandato, mas a punição só ocorre depois de esgotadas todas as possibilidades de recurso.

Ministra diz que o governo poderá usar dinheiro público para ressarcir descontos do INSS. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse ontem que seu ministério irá definir, a partir da próxima semana, de onde virão os recursos para a devolução dos descontos irregulares do INSS na folha de pagamento dos beneficiários. Tebet disse que o presidente Lula pediu transparência, agilidade no processo de investigação e devolução do dinheiro e que se a apreensão de bens das entidades investigadas não for suficiente, o governo terá de usar dinheiro público. Saiba mais.

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