EUA atingirá limite de endividamento legal em agosto
O governo americano poderia alcançar seu limite legal de endividamento em agosto, se o Congresso não suspender ou elevar o teto da dívida, alertou o secretário do Tesouro, Scott Bessent, nesta sexta-feira (9).
Em carta endereçada ao presidente da Câmara de Representantes, o republicano Mike Johnson, Bessent convidou os legisladores a evitarem este risco, votando antes do recesso parlamentar, que começa em 24 de julho.
"Insto respeitosamente o Congresso a elevar ou suspender o limite da dívida antes de meados de julho, antes de seu recesso programado, para proteger a plena fé e o crédito" do país, escreveu.
Os Estados Unidos superaram o limite de endividamento aprovado pelo Congresso, de aproximadamente 36 trilhões de dólares (R$ 203,4 trilhões, na cotação atual), em janeiro deste ano, o que obrigou o Departamento do Tesouro a tomar "medidas extraordinárias" para evitar o risco de descumprimento.
O Congresso, controlado pelos republicanos, tem dialogado para elevar o limite da dívida como parte de um conjunto mais amplo de medidas impositivas e de gastos, baseadas nas prioridades do presidente Donald Trump.
Mas até agora as conversas fracassaram e não levaram à aprovação de uma legislação, o que motivou a carta de Bessent.
"Episódios anteriores demonstraram que esperar até o último minuto (...) pode ter sérias consequências adversas para os mercados financeiros, as empresas e o governo federal", disse o funcionário.
"Um fracasso em suspender ou elevar o limite da dívida causaria estragos ao nosso sistema financeiro e diminuiria a segurança dos Estados Unidos e sua posição de liderança global", acrescentou Bessent.
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