Wall Street avança com guerra comercial e balanços em foco
(Reuters) - Os principais índices de Wall Street subiam nesta terça-feira, à medida que os investidores avaliavam um conjunto misto de balanços corporativos e dados econômicos, enquanto novos comentários sobre a guerra comercial entre Estados Unidos e China frustraram expectativas de uma resolução do conflito.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse que o "ônus" da disputa comercial recai sobre a China e previu que o país asiático pode perder 10 milhões de empregos rapidamente devido às tarifas.
As duas maiores economias do mundo impuseram tarifas de importação uma à outra e a incerteza quanto ao estado das negociações entre as duas tem mantido os mercados cautelosos.
O Dow Jones subia 0,68%, a 40.500,77 pontos. O S&P 500 tinha alta de 0,33%, a 5.546,97 pontos, enquanto o Nasdaq Composite avançava 0,27%, a 17.412,73 pontos.
A maioria das megacaps caía durante o dia, com a Amazon.com liderando as quedas, depois que a Casa Branca comentou sobre relatos de que a gigante do comércio eletrônico planejava incluir o custo das tarifas na etiqueta de preço dos produtos, chamando isso de ato hostil.
Em relação aos dados, as vagas de emprego em aberto nos EUA ficaram em 7,19 milhões em março, em comparação com as estimativas de 7,48 milhões, de acordo com economistas consultados pela Reuters. Um indicador de confiança do consumidor ficou em 86, abaixo das estimativas de 87,5.
Mais dados econômicos, incluindo o relatório mensal de emprego, são esperados para esta semana.
"Estamos no olho do furacão para muitos investidores, consumidores e líderes empresariais que estão se perguntando como será o futuro, já que as possíveis tarifas serão aplicadas", disse Matthew Stucky, gerente-chefe de portfólio da Northwestern Mutual Wealth Management.
Autoridades norte-americanas disseram na segunda-feira que o governo do presidente Donald Trump tomará medidas para reduzir o impacto de suas tarifas automotivas.
As ações da Ford e da Tesla subiam apenas ligeiramente, enquanto a General Motors caía 1,9% depois que a montadora retirou sua previsão anual devido à incerteza tarifária.
Todos os três principais índices permanecem em baixa no ano, apesar de o S&P 500 ter registrado sua melhor sequência de vitórias desde novembro na segunda-feira.
(Por Lisa Mattackal e Purvi Agarwal em Bengaluru)