Como se chega ao grupo de cardeais de onde sai novo papa

Os cardeais começarão a se reunir em um conclave no dia 7 de maio para eleger o novo líder da Igreja Católica, que substituirá o papa Francisco. O pontífice latino-americano morreu no dia 21 de abril após AVC e insuficiência cardíaca.
Os religiosos disputarão a vaga do cargo mais alto da Igreja —e são apenas eles que podem participar da votação para escolher o novo papa.
O que aconteceu
Não é uma promoção linear. Os sacerdotes não precisam passar por todos os cargos da Igreja para se tornarem cardeais. Um padre, por exemplo, pode ser coroado cardeal se assim o papa decidir.
O papa faz escolhas durante os consistórios. Eles funcionam como assembleias entre todos os cardeais em que são discutidas as missões importantes da Igreja.
A escolha está relacionada ao impacto daquele sacerdote na Igreja e sociedade. Ganham o cargo aqueles religiosos que se destacam em suas ações na fé e comunidade. Eles têm que ser impecáveis na maneira de doutrinar e conduzir assuntos com fiéis.
Cardeais são conselheiros. Uma das principais funções dessa ocupação é aconselhar o papa, levando ao Vaticano informações sobre o que acontece na Igreja em diversos países.
Apenas cardeais com menos de 80 anos podem votar no conclave, ou seja, na escolha do novo papa. O Brasil tem oito cardeais, e sete deles vão participar da escolha do próximo papa —o arcebispo emérito de Aparecida, Cardeal Raymundo Damasceno Assis, não tem poder de voto pois tem 88 anos de idade.
Neste ano, serão 135 votantes. Antes, somente 120 eleitores tinham poder de escolha para pontífice, mas em seu papado, Francisco aumentou o quórum em 15 cardeais. A idade média dos votantes é de 70 anos e o número mínimo para eleição do novo líder será de 90 votos.