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Minhocão inicia obra polêmica: quais são os planos da Prefeitura para ele?

Movimentação do Minhocão aberto para carros - Felipe Rodrigues/Arquivo pessoal
Movimentação do Minhocão aberto para carros Imagem: Felipe Rodrigues/Arquivo pessoal

De Agência Estado

29/04/2025 10h28

A Prefeitura de São Paulo começou nesta segunda-feira, 28, uma obra para abrir um bolsão de estacionamento embaixo do elevado João Goulart, conhecido como Minhocão, no centro da capital. Esse não é o único plano da gestão atual. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) já disse que estuda se há a possibilidade da criação de um parque no local.

O que aconteceu

Estacionamento é um projeto-piloto. A intenção, segundo o vice-prefeito da capital Ricardo Mello Araújo (PL) é fazer um teste na região da Rua Amaral Gurgel, na Vila Buarque, para entender a adesão da população. "As pessoas não conseguiam nem andar, nem bicicletas e nem transeuntes. Este é um (projeto) piloto. Só neste trecho aqui. Vamos ver se dá certo", disse Araújo.

Estacionamento vai 'limpar' a região e evitar o descarte inadequado de lixo embaixo do Minhocão, de acordo com Araújo. "A ideia é ver se daria certo para as pessoas, com os carros estacionados aqui, se acabaria com esse descarte irregular de lixo que ocorre. A gente vai fazer um teste. O que não dá é para deixar do jeito que está: esse Minhocão toda vez sujo", explicou.

Oposição é contra obra. O vereador Nabil Bonduki (PT) afirmou nas redes sociais que ele e a vereadora Renata Falzoni (PSB) entraram com uma Ação Popular contra a Prefeitura para paralisar as obras do estacionamento. "Com a Ação Popular, queremos paralisar essa obra absurda, incentivando que haja um debate público e uma melhor análise sobre a real necessidade desse gasto do dinheiro público", afirma o vereador.

Parque elevado?

Obras para a extensão da Avenida Marquês de São Vicente, na zona oeste da capital, podem levar à desativação do viaduto João Goulart. Quem fez essa afirmação foi o prefeito Ricardo Nunes no começo do mês de abril. O viaduto liga a região da praça Roosevelt, no centro da cidade, ao largo Padre Péricles, na Barra Funda.

Prefeito pediu um estudo para analisar a possibilidade dessa extensão. Segundo ele, a SPUrbanismo, empresa pública vinculada à SMUL (Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento), está analisando a possibilidade que prevê a extensão da avenida Marquês de São Vicente até o bairro do Tatuapé, na zona leste. Essa é uma das metas da prefeitura. A obra vai conectar as avenidas Sergio Tomás até a Salim Farah Maluf, "desativando o posterior do Elevado Presidente João Goulart".

Nunes admite que tema é polêmico. Para que isso ocorra, o trânsito precisa desafogar com as obras na região. O prefeito diz que ainda não é possível saber se vai reaproveitar o espaço do viaduto para transformá-lo e ser ocupado de outra forma, ou se vai demolir o elevado. "Agora, se a gente vai desativar o Minhocão com demolição ou fazer um High Line [parque elevado em Nova York], a gente tem de discutir com a sociedade. É um tema polêmico", afirmou.

Com informações de reportagens de 4 de abril e 28 de abril

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