Cassação de Glauber Braga será decidida em plenário; veja como votou a CCJ

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara rejeitou hoje o recurso que poderia interromper o processo de cassação do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ). O placar foi de 44 a 22.
Como os deputados da CCJ votaram
Contra o recurso:
- Bia Kicis (PL-DF)
- Capitão Alberto Neto (PL-AM)
- Carlos Jordy (PL-RJ)
- Caroline de Toni (PL-SC)
- Daniel Freitas (PL-SC)
- Delegado Éder Mauro (PL-PA)
- Dr. Jaziel (PL-CE)
- Fernando Rodolfo (PL-PE)
- Marcos Pollon (PL-MS)
- Nikolas Ferreira (PL-MG)
- Pastor Eurico (PL-PE)
- Pastor Marco Feliciano (PL-SP)
- Delegado Bilynskyj (PL-SP)
- Coronel Assis (União-MT)
- Delegado Marcelo (União-MG)
- Felipe Francischini (União-PR)
- Gisela Simona (União-MT)
- Nicoletti (União-RR)
- Rosangela Moro (União-SP)
- Mendonça Filho (União-PE)
- Danilo Forte (União-CE)
- Átila Lira (PP-PI)
- Claudio Cajado (PP-BA)
- Covatti Filho (PP-RS)
- Delegado Fabio Costa (PP-AL)
- Mersinho Lucena (PP-PB)
- Silvia Cristina (PP-RO)
- Olival Marques (MDB-PA)
- Rafael Prudente (MDB-DF)
- Ricardo Maia (MDB-BA)
- Henderson Pinto (MDB-PA)
- Cezinha Madureira (PSD-SP)
- Paulo Magalhães (PSD-BA)
- Aluisio Mendes (Republicanos-MA)
- Stélio Dener (Republicanos-RR)
- Ricardo Ayres (Republicanos-TO)
- Roberto Duarte (Republicanos-AC)
- Julio Cesar Ribeiro (Republicanos-DF)
- Alex Manente (Cidadania-SP)
- Lucas Redecker (PSDB-RS)
- Dr Victor Linhalis (Podemos-ES)
- Mauricio Marcon (Podemos-RS)
- Fernanda Pessôa (União-CE)
- Rodrigo Valadares (União-SE)
A favor do recurso:
- Alencar Santana (PT-SP)
- Daiana Santos (PCdoB-RS)
- Helder Salomão (PT-ES)
- José Guimarães (PT-CE)
- Luiz Couto (PT-PB)
- Maria do Rosário (PT-RS)
- Orlando Silva (PCdoB-SP)
- Patrus Ananias (PT-MG)
- Renildo Calheiros (PCdoB-PE)
- Rubens Pereira Jr. (PT-MA)
- Cleber Verde (MDB-MA)
- Luiz Gastão (PSD-CE)
- Sidney Leite (PSD-AM)
- Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR)
- Félix Mendonça Jr. (PDT-BA)
- Pompeo de Mattos (PDT-RS)
- Lídice da Mata (PSB-BA)
- Pedro Campos (PSB-PE)
- Waldemar Oliveira (Avante-PE)
- Maria Arraes (Solidariedade-PE)
- Fernanda Melchionna (PSOL-RS)
- Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ)
Agora caberá ao conjunto dos 513 deputados decidir o destino de Glauber. O processo será votado no plenário da Câmara e é necessário maioria absoluta para a cassação.
Ele perde o mandato se houver votos de 257 deputados. Mesmo que seja obtida a maioria dos deputados presentes na sessão, Glauber se mantém como deputado se este número mínimo não for atingido.
A votação será nominal, ou seja, será identificado como cada parlamentar votou. Outro fator a ressaltar é que as abstenções beneficiam Glauber. Cada ausência significa um deputado a menos para chegar nos 257 votos.
Não há data para votação. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), se comprometeu a levar o caso ao plenário somente depois de 60 dias —o prazo se completa em 27 de julho.
A análise de hoje não tinha a ver com o "mérito" do processo. Isso significa que não houve avaliação sobre existirem ou não razões para cassar Glauber. Os deputados verificaram apenas se o processo no Conselho de Ética respeitou ou não as regras. O relatório de Alex Manente (Cidadania-SP) foi que o processo foi legal. Esse foi o texto que foi aprovado pela maioria, levando o caso a seguir para votação em plenário.
Glauber corre risco de cassação porque agrediu um integrante do MBL. Ele retirou o militante aos empurrões de dentro do prédio da Câmara e deu um chute nele. A atitude foi gravada e foi oferecida uma representação ao Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar.