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Brasil pede que Corte da ONU declare ilegal bloqueio de Israel a Gaza

29/04/2025 13h59

 

Palestinos se reúnem para receber comida preparada em cozinha beneficente, em Rafah, sul da Faixa de Gaza (17/12/2023) - Foto: Reuters/Shadi Tabatibi

Outros países

Representantes latino-americanos do Chile, da Colômbia e da Bolívia também se pronunciaram nesta terça-feira na CIJ contra o bloqueio de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Representantes da Bélgica, da Arábia Saudita, da Argélia e da África do Sul também se manifestaram sobre o caso, reforçando que Israel tem obrigações em relação à entrada de ajuda humanitária em Gaza.

Quarenta e quatro países manifestaram interesse em participar das audiências, além de quatro organizações internacionais. As audiências seguem até o dia 2 de maio. Devem se manifestar ainda representantes dos Estados Unidos, da China, da Rússia, do Reino Unidos, entre outras nações.

Israel

O governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirma que não permitirá a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza enquanto o Hamas não se render totalmente e enquanto não devolver todos os reféns ainda em poder do grupo.

Sobre o processo em Haia, o ministro israelense das Relações Exterioresà, Gideon Sa'ar, acusou a ONU de perseguir Israel e voltou a sustentar que a agência das Nações Unidas para refugiados palestinos é "infestada de terroristas".

"Este caso faz parte de uma perseguição sistemática e de deslegitimação de Israel. Estão abusando do sistema jurídico internacional e o politizando. O objetivo é privar Israel de seu direito mais básico de se defender. Não é Israel que deve ser julgado. É a ONU e a UNRWA", destacou em coletiva a jornalistas, em Jerusalém.

Na semana passada, ao comentar sobre os pedidos para permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza, Netanyahu afirmou que "a ajuda que vai para o Hamas não é humanitária".

Já o Hamas afirma que havia a previsão de entregar todos os reféns feitos no dia 7 de outubro caso Israel tivesse cumprido o acordo de cessar-fogo de janeiro e desocupado a Faixa de Gaza.

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