BC do Chile mantém taxa de juros em 5% e pede cautela ante incerteza global
SANTIAGO (Reuters) - O banco central do Chile manteve nesta terça-feira sua taxa básica de juros em 5% em votação unânime, em linha com as expectativas do mercado.
A decisão ocorre após uma manutenção anterior da taxa, já que a autoridade monetária tem cada vez mais pedido cautela diante da inflação e da incerteza econômica global.
O banco central chileno disse que a incerteza econômica global "aumentou consideravelmente" desde a última reunião, especialmente em relação às tarifas anunciadas pelos Estados Unidos em abril.
"Mudanças na política comercial global deterioraram as perspectivas de crescimento global, ao mesmo tempo em que aumentaram a incerteza sobre sua evolução futura", disse o banco em comunicado, acrescentando que a magnitude e o momento dos efeitos na economia local são incertos.
A instituição disse ainda que o "mercado doméstico também foi afetado pela volatilidade internacional".
O banco central acrescentou que a situação financeira melhorou desde o início de abril, incluindo uma "queda nas taxas de juros de curto e longo prazo, uma valorização do peso e um aumento nos preços das ações".
O banco disse que, embora a inflação permaneça em níveis elevados no futuro imediato, os desenvolvimentos recentes "reafirmam as perspectivas de convergência contidas no relatório de política monetária de março", acrescentando que a necessidade de cautela permanece.
A instituição acrescentou que estava reafirmando seu compromisso de conduzir a política monetária com flexibilidade e que avaliaria o "cenário macroeconômico e suas implicações para a convergência inflacionária" quando se tratasse dos próximos passos nos juros.
Tanto analistas quanto operadores esperavam que a taxa básica de juros permanecesse em 5,0% nesta reunião.
(Reportagem de Fabian Cambero e Alexander Villegas)