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EUA perdeu sete drones avaliados em milhões de dólares no Iêmen

28/04/2025 20h22

Os Estados Unidos perderam sete drones MQ-9 Reaper, avaliados em milhões de dólares cada um, na região do Iêmen desde meados de março, em meio à sua campanha aérea contra os rebeldes huthis, declarou na segunda-feira (28) um funcionário de alto escalão, enquanto a Marinha relatou a queda de um avião no Mar Vermelho.

Os MQ-9 podem ser utilizados tanto para reconhecimento quanto para ataques, e seu custo é de cerca de 30 milhões de dólares por unidade.

"Caíram sete MQ-9 desde 15 de março", declarou a fonte que pediu anonimato, sem especificar o motivo das perdas. A mais recente ocorreu em 22 de abril.

Posteriormente, a Marinha dos Estados Unidos anunciou a perda de outro equipamento militar caro: um caça F/A-18E que caiu do porta-aviões USS Harry S. Truman em um acidente que deixou um marinheiro ferido.

Um trator que rebocava o F/A-18E, uma aeronave que custou mais de 67 milhões de dólares em 2021, também deslizou e acabou no Mar Vermelho.

O Truman é um dos dois porta-aviões dos Estados Unidos que operam no Oriente Médio, região onde Washington ataca os huthis quase diariamente desde meados do mês passado.

Meios de comunicação controlados pelos rebeldes informaram na segunda-feira à noite que bombardeios americanos atingiram um centro de detenção de migrantes em Sanaa, reduto do grupo, e provocaram as mortes de pelo menos 68 pessoas. 

Na madrugada de terça-feira, o canal rebelde Al Massirah relatou outros dois ataques em Bani Hashish, ao nordeste da capital.

No domingo, o Comando Central do Exército declarou que as forças americanas atacaram mais de 800 alvos e abateram centenas de combatentes huthis, incluindo membros da cúpula do grupo, como parte da operação.

Os huthis, apoiados pelo Irã, começaram a atacar o transporte marítimo no final de 2023. Dizem fazê-lo em solidariedade com os palestinos da Faixa de Gaza, devastada pela ofensiva militar israelense em retaliação ao ataque do grupo islamista palestino Hamas em outubro daquele ano.

Os ataques dos huthis impediram a passagem de navios pelo Canal de Suez, uma rota vital pela qual normalmente transita cerca de 12% do tráfego marítimo mundial, obrigando muitas empresas a desviar-se.

Os Estados Unidos iniciaram seus ataques aos huthis durante o governo do ex-presidente democrata Joe Biden.

Seu sucessor, o republicano Donald Trump, prometeu que as ações militares contra os rebeldes continuarão até que deixem de representar uma ameaça ao transporte marítimo.

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© Agence France-Presse

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