Topo
Notícias

Nunes projeta queda de 14% nos investimentos em São Paulo em 2026

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) - Danilo Verpa/Folhapress
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) Imagem: Danilo Verpa/Folhapress
do UOL

Do UOL, em São Paulo

27/04/2025 12h27Atualizada em 27/04/2025 12h27

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), projeta uma queda de 14% nos gastos diretos com investimentos em 2026. De acordo com projeto enviado à Câmara Municipal, o valor a ser direcionado em obras e novas políticas públicas será de R$ 13.328.436.712. Neste ano, a previsão aprovada é de R$ 15.444.132.498.

O que aconteceu

Valor reduzido é descrito na proposta de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). Elaborado pela gestão Nunes, o projeto cita o cenário macroeconômico nacional, cuja previsão de crescimento é menor neste ano, e as incertezas globais, como guerras e o tarifaço dos EUA, para justificar os valores. Além dos R$ 13,3 bilhões do Tesouro Municipal, o texto prevê investimentos de mais R$ 1,7 bilhão feito pelas empresas operadoras de concessões e PPPs que atuam na cidade.

Nunes diz que previsão pode mudar até o final do ano. Ao UOL o prefeito Ricardo Nunes afirmou que a estimativa de investimentos apresentada na LDO pode mudar até dezembro, quando os vereadores debatem e aprovam em definitivo a lei orçamentária do ano seguinte.

Mas não diria que é uma queda, já que nos últimos anos os valores empenhados em investimentos foram bem altos se comparados com gestões anteriores.
Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo

Prefeitura diz que investiu R$ 41 bilhões entre 2021 e 2024

Uma série de fatores engordou o caixa da prefeitura, nos últimos quatro anos. Entre eles estão o acordo que extinguiu a dívida da cidade com a União em troca do Campo de Marte; o programa de parcelamento de dívidas lançado ainda na pandemia e a execução da reforma da previdência municipal.

Projeto estima novo recorde para o orçamento. Considerada uma prévia da lei orçamentária, a LDO estima o total de receitas para 2026 em R$ 128,8 bilhões. A expectativa supera o orçamento deste ano, que é de R$ 125,6 bilhões, mas apenas em 2,5% — valor que não deve corrigir nem sequer a inflação do ano corrente.

Novas concessões podem engordar o caixa. A conta foi baseada, segundo Nunes, na previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) para o ano que vem, assim como as estimativas de inflação, transferências do Estado e da União e novos contratos de desestatização. Até 2026, a prefeitura projeta fechar as concessões do Kartódromo Ayrton Senna, que fica dentro do Autódromo de Interlagos, e do Parque Dom Pedro 2º, entre outras. A depender dos valores negociados, a fatia de investimentos pode crescer.

Plano de metas 2025-2028 custará R$ 48,8 bilhões. Anunciadas no final de março, as 126 metas elencadas pela atual gestão demandarão investimentos de R$ 34,6 bilhões e a reserva de outros R$ 14,1 bilhões para custeio (manutenção). A versão inicial do programa tem como foco as áreas de segurança, saúde, educação e mobilidade.

Notícias