Após reunião, Trump diz que Zelensky parece 'mais calmo' para um acordo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, após eles se encontrarem na basílica de São Pedro durante o funeral do papa Francisco ontem.
O que aconteceu
"Eu o vejo mais calmo", disse Trump sobre Zelensky hoje, segundo a CNN. "Acho que ele entende o cenário. E acho que ele quer fechar um acordo."
Nas redes sociais, Zelensky afirmou que reunião com Trump no Vaticano "tem potencial para se tornar histórica". "Boa reunião. Discutimos muito, um a um. Esperando resultados em tudo o que abordamos. Proteger a vida de nosso povo. Cessar-fogo total e incondicional", escreveu o ucraniano.
"Paz confiável e duradoura que evitará o início de outra guerra. Reunião muito simbólica que tem potencial para se tornar histórica, se alcançarmos resultados conjuntos. Obrigado @POTUS", completou, numa referência ao presidente dos EUA.
O diretor de comunicações da Casa Branca, Steven Cheung, também falou sobre o encontro dos líderes. "O presidente Trump e o presidente Zelensky se reuniram em particular hoje e tiveram uma discussão produtiva. Mais detalhes sobre a reunião serão divulgados posteriormente", disse.
Além do encontro entre o americano e o ucraniano, Roma também presenciou uma reunião entre Trump, Zelensky, o presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer. A presidência francesa se limitou a dizer que os líderes tiveram uma "reunião positiva" à margem do funeral do papa.
Negociações sobre a Crimeia
Atualmente, as negociações da guerra estão centradas na questão da península ucraniana da Crimeia, anexada por Moscou em 2014. Segundo Trump, a Crimeia permanecerá na Rússia "e Zelensky entende isso", disse o presidente americano em entrevista à revista Time publicada na última sexta-feira. Antes disso, Trump criticou Zelensky ao considerar que ele estava bloqueando as conversas ao se negar a reconhecer esse território como russo.
Na Ucrânia, a Rússia continua com sua campanha de bombardeios. Na madrugada de quinta-feira (24), bombardeios russos deixaram pelo menos 12 mortos e dezenas de feridos em Kiev, um dos ataques mais letais na capital ucraniana em meses. Muitas regiões da Ucrânia, especialmente do leste e do sul, estão submetidas a ataques aéreos russos quase diários desde que Moscou lançou sua ofensiva em fevereiro de 2022.