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Conclave marcará 'fim de uma era', diz cardeal expoente da ala conservadora

Cardeal Gerhard Ludwig Müller é tido como um dos expoentes da ala mais conservadora do Vaticano - ALBERTO PIZZOLI/AFP
Cardeal Gerhard Ludwig Müller é tido como um dos expoentes da ala mais conservadora do Vaticano Imagem: ALBERTO PIZZOLI/AFP
do UOL

Janaina Cesar

Colaboração para o UOL, em Roma

25/04/2025 07h51Atualizada em 05/05/2025 10h14

A morte do papa Francisco abriu um novo capítulo na Igreja Católica, com os cardeais já engajados nas congregações gerais, reuniões que antecedem o Conclave. Nessas discussões, temas como o legado de Francisco e a escolha do próximo líder da Igreja estão em pauta.

O que aconteceu

O cardeal alemão Gerhard Ludwig Müller, expoente da ala ultraconservadora do Vaticano, declarou que "a era Francisco chegou ao fim". Em entrevista ao La Repubblica, ele afirmou que o Conclave deve marcar o "fim de uma era" e que não se deve eleger um sucessor direto do último pontífice.

Müller criticou aspectos centrais do pontificado de Francisco. Ele destacou sua postura inclusiva em relação a homossexuais, divorciados, o papel das mulheres na Igreja e o diálogo inter-religioso com o Islã como pontos de discórdia.

Segundo Müller, o papa argentino teria gerado "ambiguidade" em várias questões. Ele comparou a Igreja a organizações políticas como o Fórum Econômico Mundial ou as Nações Unidas, criticando essa visão.

As declarações refletem divisões internas na Igreja. Parte dos cardeais acredita que Francisco tornou a instituição mais aberta, mas menos definida doutrinariamente, enquanto outros defendem a continuidade de seu legado.

Como funciona o conclave - Arte/UOL - Arte/UOL
Imagem: Arte/UOL

A data do conclave ainda está por ser definida. Conforme as regras vaticanas, a eleição deve ocorrer entre 6 e 10 de maio, dentro de 15 a 20 dias após a morte do papa.

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