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Sakamoto: Lula dá jantar a deputados e serve 'prova de vida' política

do UOL

Colaboração para o UOL

24/04/2025 11h59

O presidente Lula (PT) deu uma prova de vida política de olho nas eleições de 2026 ao oferecer um jantar a líderes da Câmara e do centrão, afirmou o colunista Leonardo Sakamoto no UOL News hoje.

O encontro contou com a presença de Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara, e lideranças da Casa, em uma tentativa de aproximação do petista. Durante o jantar, Lula declarou que será candidato à reeleição caso continue bem de saúde.

Esse jantar teve como objetivo um freio de arrumação. Lula diz ao centrão e às lideranças que está no jogo e não adianta procurarem A ou B, Bolsonaro, Caiado, Zema, Castro, Tarcísio. Ele coloca 'eu estou com a máquina; então venham comigo que é sucesso' e isso é importantíssimo.

Lula também tenta se aproximar porque vem sendo muito criticado pela falta de contato com parlamentares. Fernando Henrique Cardoso e o próprio Lula, no primeiro e segundo mandatos, faziam muito isso. A Dilma Rousseff não gostava e deu no que deu. Bolsonaro foi mais ou menos; tinham algum contato, mas poderia ser maior.

Lula está em déficit e os parlamentares reclamam que têm recebido pouco. Agora ele recebe, traz o pessoal e conversa, mas principalmente se mostra como candidato. Em um momento no qual se discute reforma ministerial e o quanto os partidos do centrão querem ou não participar do governo, é fundamental uma ação do presidente no sentido de se mostrar vivo.

Com esse jantar, Lula quis dar uma prova de vida dele para o centrão. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Sakamoto ressaltou que, mesmo com a discussão sobre a necessidade de renovação da esquerda, Lula se mantém como nome de consenso e o único com força suficiente para atrair tanto progressistas como membros do centrão.

Não há outro nome que agregue como Lula, pegando parte do centrão e a esquerda. Há uma união dentro do PT, maior partido de centro-esquerda do país. O Lula é um nome de consenso. Se jogarmos nomes como os de Fernando Haddad ou de Geraldo Alckmin, há uma série de 'veja bem' dentro do próprio partido.

Se Lula estiver com saúde para tanto, vai ele. O pessoal na esquerda não fala que era hora de renovação e de colocar alguém mais novo? Sim, mas só se a popularidade do Lula estivesse como a de 2010 no final do governo e elegesse qualquer pessoa, com foi com a Dilma. Com uma popularidade menor, uma situação diferente e essa polarização maluca, ele não terá isso. Fica mais difícil ungir alguém. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

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