Bolsas da Ásia e Pacífico fecham mistas, de olho em guerra tarifária

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam sem direção única nesta quinta-feira (24), enquanto investidores monitoraram desdobramentos da guerra tarifária entre EUA e China e balanços corporativos da região.
O índice Nikkei subiu 0,49% em Tóquio, a 35.039,15 pontos, com a ajuda de ações financeiras e do setor automotivo, enquanto o sul-coreano Kospi teve modesta perda de 0,13% em Seul, a 2.522,33 pontos, pressionado por ações de empresas que divulgaram balanços, caso da montadora Hyundai (-0,6%) e do fabricante de chips de memória SK Hynix (-1,5%).
O tom foi negativo hoje também em Hong Kong, onde o Hang Seng caiu 0,74%, a 21.909,76 pontos, e em Taiwan, com baixa de 0,82% do Taiex, a 19.478,81 pontos.
Na China continental, o Xangai Composto registrou alta marginal de 0,03%, a 3.297,29 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,71%, a 1.909,66 pontos, após balanços fracos de companhias de software e hardware.
Ontem, o The Wall Street Journal publicou que o governo Trump está considerando reduzir as tarifas de 145% impostas a produtos chineses para uma faixa de 50% a 65%, na tentativa de apaziguar as tensões comerciais com Pequim. Um dia antes, a Casa Branca havia falado em progresso em negociações tarifárias entre China e EUA.
Hoje, após o encerramento dos negócios nos mercados chineses, porta-vozes ministeriais negaram que a China esteja envolvida em discussões sobre tarifas com Washington.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul pelo segundo dia consecutivo. O S&P/ASX 200 avançou 0,60% em Sydney, a 7.968,20 pontos.
Europa
As bolsas europeias operam sem direção única, após um rali recente, enquanto investidores seguem acompanhando novidades da guerra tarifária entre EUA e China e digerem balanços corporativos da região.
Por volta das 6h40 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 0,36%, a 514,92 pontos, depois de acumular fortes ganhos nos dois últimos pregões em meio a um alívio em preocupações sobre tarifas dos EUA para a China e a independência do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
Hoje, porém, a China negou que esteja envolvida em negociações tarifárias com os EUA, após a Casa Branca falar em "progresso" no diálogo comercial com Pequim e relatos de que o governo Trump pretende reduzir as tarifas de 145% impostas a produtos chineses para uma faixa de 50% a 65%.
Do noticiário de balanços, o francês BNP Paribas, maior banco da zona do euro em termos de ativos, caía 3,6% em Paris após divulgar lucro e receita em linhas com as expectativas. Ainda no mercado francês, a gigante do mercado de luxo Kering - controladora das grifes Gucci e Yves Saint Laurent - tombava 5,5% depois de registrar queda maior do que se previa na receita.
Na Alemanha, o índice Ifo mostrou uma inesperada melhora do sentimento das empresas em abril, um dia após leituras fracas de PMIs da zona do euro e do Reino Unido.
Às 6h55 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,18%, a de Paris recuava 0,55%, a de Frankfurt perdia 0,55% e a de Madri se mantinha praticamente estável. Por outro lado, as de Milão e Lisboa subiam 0,82% e 0,29%, respectivamente.
*Com informações da Dow Jones Newswires