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Por que elefanta vai morar em santuário de Mato Grosso?

Em vídeo publicado no Instagram, Santuário mostra Pupy jogando areia no próprio corpo, um bom sinal de adaptação, segundo os veterinários - @elefantesbrasil/Instagram/Reprodução de vídeo
Em vídeo publicado no Instagram, Santuário mostra Pupy jogando areia no próprio corpo, um bom sinal de adaptação, segundo os veterinários Imagem: @elefantesbrasil/Instagram/Reprodução de vídeo
do UOL

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte, e do UOL, em São Paulo*

23/04/2025 15h09

A elefanta africana Pupy, de 36 anos, chegou ao SEB (Santuário de Elefantes Brasil), em Mato Grosso, na última sexta-feira. O local é o primeiro santuário de elefantes na América Latina e acolheu a elefanta, que estava em Buenos Aires desde 1993.

O que aconteceu

Pupy nasceu na década de 1980, na África do Sul. Em 1993, foi transportada para a Argentina, onde passou a viver no zoológico Templo Hindu dos elefantes, em Buenos Aires. Depois, o local passou a ser chamado de Ecoparque de Buenos Aires.

Entretanto, o ecoparque foi desativado para se transformar em um centro de conservação de vida selvagem nativa. Desde 2016, o zoológico tem realocado seus animais.

Como forma de priorizar o bem-estar dos bichos e focar na conservação das espécies nativas, o ecoparque envia os animais para reservas e santuários. Desta forma, eles poderão viver em locais adequados às suas necessidades, como é o caso da Pupy no SEB. Mais de mil animais já foram realocados do ecoparque.

O SEB, entidade especializada no manejo e cuidado de elefantes, conta com uma área de 51.000 m² - aproximadamente cinco hectares. Hoje, o espaço possui outras cinco elefantas, que são originárias da Ásia. Uma delas morava no mesmo ecoparque que Pupy e veio para o Brasil em 2020.

A princípio, Pupy ficará isolada dos outros elefantes. No futuro, porém, ela poderá interagir com os animais, se quiser. O santuário espera que, nos próximos meses, outra elefanta africana, chamada Kenya, possa se juntar a Pupy no local.

Quatro dias de viagem

Pupy viajou por 2.600 quilômetros entre Buenos Aires e Chapada dos Guimarães (MT). A viagem levou quatro dias e uma força-tarefa foi criada para acompanhá-la.

Dois cuidadores e dois veterinários saíram de Buenos Aires, além da equipe do próprio santuário brasileiro. Pupy não ficou sedada em nenhum momento da viagem e ficou em pé em todos os 2.600 quilômetros, um comportamento natural dos elefantes.

Escolta policial e monitoramento por câmeras. Para facilitar a viagem, o caminhão que trazia a elefanta foi escoltado pela polícia. Ela foi constantemente monitorada por câmeras, que permitiam que cuidadores reconhecessem a melhor hora para fazer pausas e qualquer possível necessidade dela.

Equipe carregou até óleos essenciais para ajudar na viagem. Além dos óleos, um kit de primeiros socorros foi levado pela equipe para caso de emergências. Ele não foi utilizado. Pupy também teve água em abundância, alimentos e isotônicos disponíveis ao longo da viagem.

(Com informações de Estadão Conteúdo)

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