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João, Gregório, Bento: quais são os nomes mais populares entre os papas

do UOL

Do UOL*, em São Paulo

21/04/2025 06h05Atualizada em 21/04/2025 09h23

Ao assumir o posto máximo da Igreja Católica, os papas deixam de usar seu nome de batismo e adotam um novo nome, escolhido por eles. Veja quais são os nomes mais populares entre os papas.

O que aconteceu

Cada papa eleito pode escolher seu próprio nome, mas alguns destes nomes se repetiram diversas vezes ao longo da história. Por outro lado, ao menos 40 papas optaram por nomes exclusivos que não foram replicados por nenhum sucessor.

João foi o nome mais popular entre os papas. Ao todo, 21 pontífices optaram por utilizá-lo. João 23, que deixou o comando da Igreja Católica em 1963, foi o último a adotar o nome. A lista não inclui antipapas — aqueles que reclamam o título em oposição ao eleito legitimamente.

Em segundo lugar está Gregório, que foi adotado por 16 papas. O último pontífice a usar o nome foi Gregório 16, que deixou o comando da Igreja Católica em 1846.

Na sequência vem Bento, nome escolhido por 15 papas. O último pontífice a usar o nome foi Bento 16, que renunciou em fevereiro de 2013, e morreu em dezembro de 2022.

Clemente foi a opção de 14 pontífices. No entanto, há séculos o nome não é escolhido. O último pontífice a usar o nome foi Clemente 14, que deixou o comando da Igreja Católica em 1774.

Logo atrás está Inocêncio, que foi adotado por 13 papas. Da mesma forma, o nome também não é eleito desde o século 18. O último pontífice a usar o nome foi Clemente 13, que deixou o comando da Igreja Católica em 1724.

Leão foi adotado por 13 papas, enquanto Pio foi a escolha de 12. Ambos tiveram seus últimos representantes no século 20: Leão 13, que deixou o comando da Igreja Católica em 1903, e Pio 12, que comandou até 1958.

Nove papas escolheram Estevão, e oito adotaram Bonifácio. Estêvão 9º deixou o comando da igreja quase um milênio atrás, em 1058. Bonifácio 9º ficou até 1404.

Ainda entre os nomes que não figuram no topo da igreja há séculos, Urbano foi adotado por oito papas, e Alexandre, por sete. Urbano 8º comandou a Igreja até 1644, e Alexandre 8º, até 1691.

Dois nomes foram adotados por seis papas cada um: Adriano e Paulo. O último Adriano foi o 6º, que ficou à frente da Igreja até 1523. Já o último Paulo viveu mais recentemente. Paulo 6º comandou a Igreja Católica até 1978.

Por fim, três nomes foram escolhidos cinco vezes cada: Celestino, Nicolas e Sisto. Seus últimos representantes foram Celestino 5º (1296), Nicolas 5º (1455) e Sisto 5º (1590).

Como papa escolhe o nome para o pontificado

Papa Bento 16 - REUTERS/Max Rossi - REUTERS/Max Rossi
Papa Bento 16, em foto de arquivo
Imagem: REUTERS/Max Rossi
O Papa João Paulo II, em foto de arquivo - AFP/Getty Images - AFP/Getty Images
O Papa João Paulo II, em foto de arquivo
Imagem: AFP/Getty Images

A escolha depende única e exclusivamente da vontade do pontífice. Ele decide e comunica aos cardeais como quer ser chamado.

O novo papa pode optar por um nome que já foi usado por um dos mais de 200 papas que já existiram na Igreja Católica ou simplesmente escolher um novo nome. Na primeira opção, ele precisará adicionar um número após o nome, para distingui-lo dos demais. Assim, o "16" depois de Bento significa que houve outros 15 papas que adotaram esse nome anteriormente.

Nome costuma indicar perfil que papa dará ao seu pontificado. Além de afinidade, o nome pode ser um indicativo do perfil que o eleito deseja imprimir ao seu pontificado.

Com informações de textos publicados em 2013.

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