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Fim da sé vacante, 9 dias santos e conclave: o que acontece agora

25.abr.2025 - Fiéis dentro da Basílica de São Pedro, para um último adeus ao papa Francisco - Tiziana FABI / AFP
25.abr.2025 - Fiéis dentro da Basílica de São Pedro, para um último adeus ao papa Francisco Imagem: Tiziana FABI / AFP

DW

21/04/2025 13h04Atualizada em 25/04/2025 13h04

A morte do papa Francisco nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, marca o início de um longo processo para que a Igreja Católica escolha um sucessor, cujo tempo dependerá do consenso entre os cardeais.

Anúncio da morte - O cardeal americano Kevin Joseph Farrell verificou e oficializou nesta manhã a morte do pontífice, como convém ao seu cargo de camerlengo.

Anúncio ao mundo - Depois de confirmar a morte, o cardeal deve anunciar o fato ao mundo. O Vaticano fez isso por meio de um comunicado e de um vídeo. Os sinos da Basílica de São Pedro soaram em sinal de luto.

"Sé vacante" - Abriu-se o período conhecido como "Sé Vacante", sem um pontífice reinante, durante o qual a Igreja é provisoriamente governada pelo camerlengo, religioso que é responsável pela administração dos bens e do Tesouro do Vaticano.

Limites de tempo a serem decididos - A duração desse período é imprevisível, pois dependerá do tempo escolhido para sua organização e da rapidez com que os cardeais encontrarão um sucessor no futuro conclave.

O decano dos cardeais, Giovanni Battista Re, é o responsável por convocar cardeais de todo o mundo para viajarem a Roma e formarem "congregações", que decidirão o tempo desse protocolo, assim como a data do funeral.

Fim do pontificado de Bergoglio - O papa Francisco será enterrado, seu apartamento na residência Casa Santa Marta será lacrado, e seu Anel do Pescador, símbolo do poder papal, será destruído.

Nove dias - A Igreja entra então no período dos Nove Dias Santos, em que ocorrem as cerimônias fúnebres do sumo pontífice, em que ele é exposto aos fiéis. Depois, o funeral será realizado, provavelmente, na Praça de São Pedro. O Vaticano esclarecerá a modalidade.

Rito simplificado - Em 2024, Francisco decidiu simplificar os ritos fúnebres dos papas e, entre as novidades, decretou que seu corpo não seria velado em seu quarto, mas na capela da Casa Santa Marta, e que não seria exposto em um catafalco na Basílica de São Pedro, mas em um caixão aberto.

Entre as novidades, está a eliminação dos tradicionais três caixões de cipreste, chumbo e carvalho.

Assim se lê na nova edição da Ordo Exsequiarum Romani Pontificis, tornada pública ano passado e que regulamenta o funeral de um pontífice, tendo sido aprovada em 29 de abril de 2024 com os novos desejos do papa Francisco para "simplificar e adaptar alguns ritos para que a celebração do funeral do Bispo de Roma expresse melhor a fé da Igreja em Cristo Ressuscitado".

Sepultamento - Outra novidade das mudanças introduzidas pelo papa Francisco "é a introdução das indicações necessárias para o eventual sepultamento em um local diferente da Basílica Vaticana". A vontade do pontífice é ser sepultado em uma crípta na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma.

Rumo ao conclave - Terminados os ritos fúnebres, chega a hora do conclave, rito pelo qual os cardeais com menos de 80 anos de idade elegem o novo papa. As normas do Vaticano estipulam que o evento será realizado no prazo de 20 dias.

Atualmente, 135 cardeais com menos de 80 anos estão aptos a participar da eleição, incluindo sete brasileiros.

O termo "conclave" vem do latim e significa "com chave". Durante o processo de votação, os cardeais ficam incomunicáveis, isolados.

O local da eleição e das discussões é a Capela Sistina. Qualquer contato com o exterior, assim como o uso de dispositivos de gravação e transmissão, ou de jornais, rádio e televisão, são proibidos.

Acordo - A duração do conclave é imprevisível, porque depende de um acordo entre os cardeais para escolher um novo papa. Quando o sucessor for definido, a Igreja anunciará a notícia ao mundo com a famosa "fumaça branca", que sairá da chaminé da Capela Sistina.

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