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Reuniões do FMI e Banco Mundial discutirão restabelecimento do apoio à Síria, diz autoridade da ONU

18/04/2025 13h27

Por Maya Gebeily

DAMASCO (Reuters) - Autoridades discutirão medidas para restaurar o apoio à Síria do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional nas reuniões de primavera dos órgãos na próxima semana, embora as sanções continuem sendo um grande obstáculo para a reconstrução do país, disse uma autoridade da ONU nesta sexta-feira.

Abdallah Dardari, secretário-geral adjunto do Programa de Desenvolvimento da ONU, disse à Reuters em Damasco que uma mesa redonda sobre a Síria, organizada pelo governo saudita e pelo Banco Mundial, será realizada às margens das reuniões anuais dos órgãos financeiros internacionais em Washington.

"Isso dá um sinal para o resto do mundo e para o povo da Síria de que essas grandes instituições financeiras estão prontas para apoiar", disse ele.

A Reuters informou na semana passada que a Arábia Saudita planeja pagar cerca de US$15 milhões em dívidas da Síria com o Banco Mundial, abrindo caminho para milhões de dólares em possíveis doações para a reconstrução e outros apoios econômicos à Síria. Desde então, fontes disseram à Reuters que os sauditas fizeram os pagamentos.

Dardari disse à Reuters que o pagamento permitirá que o Banco Mundial apoie a Síria por meio de sua Associação Internacional de Desenvolvimento, que fornece fundos para países de baixa renda.

"Esse é um item importante para a Síria negociar com o Banco Mundial. Há também os Direitos Especiais de Saque no FMI. Novamente, esse é um item importante, além de toda a política e assistência técnica que o Banco e o Fundo podem oferecer à Síria", disse Dardari.

Desde que o ex-líder sírio Bashar al-Assad foi derrubado no ano passado após uma guerra civil de quase 14 anos, seus sucessores pediram à comunidade internacional que suspendesse as sanções impostas contra o país durante seu governo.

Até o momento, a maioria dessas sanções continua em vigor, com os Estados Unidos e outros países ocidentais dizendo que as novas autoridades ainda precisam demonstrar um compromisso com um governo pacífico e inclusivo.

(Reportagem de Maya Gebeily e Timour Azhari)

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