Grupo de Marina aponta fraude em eleição da Rede, e ala de Heloísa rebate

Grupo ligado à ministra Marina Silva (Meio Ambiente) divulgou nota hoje dizendo ter havido fraude na eleição interna da Rede Sustentabilidade e reafirmando que vai manter a judicialização do caso. Ala de Heloísa Helena, que saiu vitoriosa na votação, fala em "má-fé".
O que aconteceu
Após derrota no congresso da Rede, grupo de Marina aponta "fraude e autoritarismo". Em uma nota divulgada hoje, assinada pela ministra e outros três aliados do partido, ela afirma que o processo eleitoral foi manipulado para favorecer o grupo de Heloísa Helena, com "cancelamento arbitrário de 43% dos delegados" e "uso indevido da máquina partidária".
Dirigentes ligados a Marina pedem na Justiça reparação política. O grupo tentou suspender o congresso no último final de semana, mas a Justiça negou. Segundo o grupo, já são 20 ações judiciais em andamento questionando o resultado do congresso e apontando desvios como "falsidade ideológica" e "gastos não aprovados" que somam mais de R$ 1,5 milhão.
Ala que venceu a disputa rebate acusações e diz que oposição age por "má-fé". O aliado de Heloísa Helena e presidente da comissão eleitoral, Paulo Miranda, rebateu as alegações adversária. Ele afirma que existe na Rede Sustentabilidade a tentativa de indução de juízes e desembargadores ao erro. Para ele os adversários só passaram a contestar o processo após perderem espaço em estados como Bahia, Paraná e Mato Grosso do Sul.
Enquanto espera decisões judiciais sobre congresso futuro da ministra na sigla é incerto. Ela e parlamentares já são sondados por outros partidos, como o PSB, do vice-presidente, Geraldo Alckmin.
Apresentaram dezenas de ações judiciais, litigando claramente de má-fé. Até o momento, a verdade tem prevalecido, e todas as tentativas de obstrução foram infrutíferas.
Paulo Miranda, presidente da comissão eleitoral da Rede Sustentabilidade
Os questionamentos políticos e jurídicos que estamos fazendo, que poderiam muito bem ter sido evitados, se a democracia interna não tivesse sido completamente desfigurada, é um ato de legítima defesa.
Nota assinada por Marina Silva, Iaraci Dias, Giovanni Mockus e Zé Gustavo