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Grupo é preso por atrair homens a encontros para torturá-los na Argentina

Grupo agredia e humilhava as vítimas, além de publicar vídeos com as sessões de tortura - Reprodução/YouTube
Grupo agredia e humilhava as vítimas, além de publicar vídeos com as sessões de tortura Imagem: Reprodução/YouTube
do UOL

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

16/04/2025 10h59

Cinco pessoas foram presas sob acusação de sequestrar e agredir supostos pedófilos em Buenos Aires, na Argentina. Eles fingiam ser menores de idade para atrair as vítimas e transmitiam as torturas pelas redes sociais.

O que aconteceu

Grupo é composto por quatro homens e uma mulher, com idades entre 17 e 29 anos. O líder foi identificado como Brandon Joaquín Maldonado, de 29 anos, mais conhecido como Brandon Lee. As informações são do jornal argentino Clarín.

Os "caza-violines" (caça violinos, em tradução livre), como são conhecidos, têm 426 mil inscritos em seu canal no YouTube. Lá, eles publicavam vídeos em que "caçavam" supostos pedófilos.

Para atrair as vítimas, o grupo criava perfis falsos nas redes sociais e em aplicativos de namoro. Eles se passavam por uma menor de idade e marcavam encontros com os supostos pedófilos.

Quando as vítimas chegavam no local, encontravam o grupo e eram agredidos fisicamente e humilhados. Toda a ação era filmada e divulgada no canal do YouTube.

Em um vídeo, um homem é obrigado a ingerir excrementos. Em outro, o grupo entra em contato com a família da vítima. Os supostos pedófilos também eram espancados. As práticas do grupo podem ser enquadradas como tortura. Atualmente, eles são acusados de cárcere privado e lesão corporal.

Denúncia

Prisão foi feita após uma única denúncia recebida contra o grupo, de um venezuelano de 42 anos. A vítima foi torturada pelo grupo e afirma que foi enganado ao comparecer ao encontro, pois acreditava que iria encontrar com uma mulher de 21 anos.

Brandon Joaquín Maldonado, conhecido como Brandon Lee, é apontado como o líder do grupo - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Brandon Joaquín Maldonado, conhecido como Brandon Lee, é apontado como o líder do grupo
Imagem: Reprodução/Instagram

Ao chegar no local combinado, o homem foi recebido por uma mulher. Quando ele subiu ao apartamento, se deparou com o grupo e foi torturado. A ação foi transmitida ao vivo pela rede social. Durante o vídeo, os números de telefone de parentes da vítima foram revelados. A agressão durou mais de duas horas.

Segundo a vítima, a mulher havia dito inicialmente que tinha 21 anos. Entretanto, no meio de uma sequência rápida de mensagens, ela teria dito a frase "tenho 13".

Grupo foi localizado após a transmissão ao vivo da sessão de tortura de outra vítima. A caminhonete de Maldonado foi rastreada e os suspeitos presos enquanto tentavam fugir.

Armas de ar comprimido, munições, máscaras e materiais usados para imobilizar as vítimas foram apreendidos pelos policiais. Os agentes também confiscaram celulares e câmeras. A investigação continua para a identificação de mais vítimas.

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