PL protocola urgência de projeto da anistia para evitar perder votos

O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, protocolou ontem no sistema da Casa o requerimento de urgência do projeto que prevê anistia aos condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro. Para registrar o requerimento eram necessárias 257 assinaturas e, segundo informações do sistema da Câmara, o documento tem 262 firmas de parlamentares de partidos da oposição e de siglas que integram o governo, como PSD, União Brasil, PP, Republicanos e MDB. A urgência permite que o texto tramite mais rapidamente porque ele segue direto para análise em plenário, sem passar pelas comissões. A decisão para levar ao plenário, no entanto, cabe ao presidente da Câmara, Hugo Motta, que está viajando e só deve dar o seu parecer após os feriados. Mas a decisão de já protocolar o requerimento foi tomada para dificultar que o governo negocie com deputados da base de apoio para que retirem suas assinaturas. Leia mais.
Partidos com ministérios dão mais de metade das assinaturas para acelerar anistia. Das 264 assinaturas no documento protocolado ontem pelo PL, 55% são de partidos com ministérios e 61% são filiados a siglas da base governista (contemplados com outros cargos de segundo escalão). Segundo análise da Folha, as bancadas do Sul e do Centro-Oeste são aquelas em que a defesa da anistia tem mais força: mais de 70% dos deputados dessas regiões assinaram o requerimento. No Nordeste, onde o presidente Lula é mais popular, 33% dos deputados apoiaram o pedido da oposição. No Sudeste foram 53% dos deputados que assinaram. Veja a lista dos deputados que assinaram.
Empresas americanas processam Trump por tarifas. O grupo de advogados Liberty Justice Center entrou com uma ação contra o governo de Donald Trump para pedir que o Tribunal de Comércio Internacional dos EUA bloqueie as tarifas impostas pelo presidente por inconstitucionalidade. A ação foi proposta em defesa de cinco empresas e defende que, segundo a Constituição dos EUA, o poder sobre decisão de impostos a países externos é do Congresso, e não do presidente. Para impor as taxas, Trump se baseou na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional. Mas os advogados argumentam que ele teria que anunciar uma emergência nacional em resposta a uma "ameaça incomum e extraordinária", surgida no exterior, à segurança nacional, política externa, ou economia americana. Entenda.
Observadores não veem indícios de fraude em eleição no Equador. Os equatorianos reelegeram no domingo o presidente Daniel Noboa para mais um mandato, mas a opositora Luisa González declarou que não reconhecia a vitória e que pediria recontagem dos votos alegando fraude eleitoral. Os dois candidatos chegaram ao segundo turno praticamente empatados nas pesquisas de opinião, mas Noboa acabou vencendo com 55% dos votos, ante 44% de Luisa. Analistas e observadores eleitorais afirmaram em suas primeiras análises que houve irregularidades no processo, muitas com origem em ações de Noboa, mas que não há indícios de fraude eleitoral. Entre as irregularidades, eles citaram o fato de Noboa ter se recusado a se afastar do cargo para fazer campanha, por exemplo. Mas duas das principais missões de observadores internacionais do pleito, a da Organização dos Estados Americanos e a do Parlamento do Mercosul, já disseram ontem que validam o resultado final, no qual Noboa foi reeleito com folga.
Santos demite técnico após três rodadas sem vitória no Brasileirão. O Peixe decidiu mudar a comissão técnica e o treinador Pedro Caixinha depois de ter sofrido um empate e duas derrotas nas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro. A gota d'água foi a derrota por 1 a 0 para o Fluminense no Maracanã, no domingo. Pelo menos quatro nomes estão na mira do clube: Dorival Júnior, Jorge Sampaoli, Luis Castro e Tite. Todos estão disponíveis.